domingo, 30 de novembro de 2008

Paixão continua... em forma


Duas semanas depois do polémico Sporting-FC Porto para a Taça de Portugal, Bruno Paixão voltou hoje aos relvados, com uma actuação bem ao seu estilo, ou seja polémica.

No Varzim-Santa Clara (2-1), jogo entre equipas que estão no topo da classificação da Liga de Honra, o árbitro apontou três grandes penalidades, deixando os treinadores das duas equipas irritados.

Vítor Pereira, treinador do Santa Clara, questionou a competência de Bruno Paixão: "Admiro os árbitros competentes, mas eles têm de provar a sua competência todos os Domingos. Não sou ninguém para avaliar a competência dos árbitros, mas deixo isto no ar", afirmou, acrescentando ainda que não viu razões para serem marcados três penáltis no jogo: "Há um problema, se cada toque que se dá no adversário é penálti ou falta".

Já Rui Dias, técnico do Varzim disse que na Póvoa não esteve o Bruno Paixão que conhece - talvez por ter ganho o jogo digo eu - sendo menos crítico, embora reconhecendo que o juiz não esteve bem: "Não veio o Bruno Paixão que eu conheço, e não deu o que ele pode dar".

Não tive oportunidade de ver o jogo, nem de visionar qualquer lance, mas pelos relatos que me chegaram, pelo menos dois dos penáltis - um para cada lado - não têm razão de ser, o que só me leva a crer que Bruno Paixão voltou da suspensão que lhe foi imposta igual a si próprio.

Continua a demonstrar que não tem competência para apitar nos campeonatos profissionais, embora continue sucessivamente a ser escalado pela Comissão de Arbitragem, a mesma que o «castigou», para jogos da maior importância.

Será que Vítor Pereira ainda não percebeu que Bruno Paixão deve ser banido da arbitragem? Mas se não percebeu é porque não tem capacidade para exercer o cargo que ocupa e então, deve ser banido também.

Super-Marítimo


O Marítimo venceu o Belenenses, no Restelo, por 0-2 e é quarto classificado da Liga, somando já oito jogos consecutivos sem perder.

Depois do mau início de campeonato, com duas derrotas e um empate nas três primeiras rondas, a equipa de Lori Sandri foi subindo de rendimento e está a provar que é uma das equipas que melhor futebol joga em Portugal, encontrando par apenas no líder Leixões.

Da equipa insular dois nomes têm mostrado credenciais: Baba e Djalma. Dois jovens que chegaram à Madeira e foram evoluindo na equipa B, até à chegada do treinador brasileiro que os chamou ao plantel principal.

Uma palavra ainda para os dirigentes madeirenses que depois dos resultados não terem sido os melhores no início, souberam aguentar a contestação a Lori Sandri e manter o treinador, que tem provado merecer a confiança da direcção. Um exemplo que deveria ser seguido por algumas equipas do continente, que aos primeiros sinais de protesto dos associados, correm com os treinadores, quando na maioria das vezes estes nem são os principais responsáveis pelo insucesso.

Respirar fora da água afundando o adversário


O Trofense conseguiu hoje passar a respirar fora de água, ao mesmo tempo que afundou o seu adversário, ao derrotar hoje o Rio Ave, na Trofa, por 2-0, resultado que permitiu aos homens comandados por Tulipa abandonar o último lugar e, se não estou em erro, uma saída inédita dos lugares que dão direito a uma viagem de regresso para a Liga de Honra.

Foi também o encontro que marcou a primeira vitória em casa dos homens da Trofa esta temporada e de sempre no escalão principal do futebol nacional.

Três pontos que podem finalmente trazer a tranquilidade necessária para que a equipa consiga a tão desejada permanência e logo conquistados diante de um rival, na luta pelos mesmos objectivos.

O Rio Ave voltou a provar que apesar de ter bons elementos no sector defensivo e na linha média, o seu ataque é pouco mais que inconsequente, pelo que se espera que o Pai Natal traga algumas prendas para Vila do Conde.

Porém, este é um cenário difícil de equacionar, porque o Rio Ave é dos clubes que cumpre e só por isso merecia ficar na Primeira Liga. Todavia, esta seriedade faz com que seja raro o ano que faz contratações em Janeiro. Mas penso que não restam dúvidas que, para que a permanência seja uma realidade, não basta conquistar pontos em casa, é preciso «saquear» os adversários no seu terreno, algo que os homens de Eusébio não têm conseguido, o que lhes vale o último lugar.
Foto: Lusa

sábado, 29 de novembro de 2008

Seguindo o presidente/treinador


Tal como prometido, o «Chuto de Letra» vai acompanhar a carreira do presidente do Sion, da I Liga suíça, que conforme já aqui contei, decidiu despedir o treinador e assumir ele próprio o comando técnico da equipa.

Só que ao que parece, a decisão não foi melhor e depois da derrota por 2-1, na deslocação ao terreno do Bellinzona e da vitória na recepção ao Vaduz, por 3-1, seguiu-se hoje novo desaire.

O carrasco foi o FC Zurique, que venceu por uma bola zero e aproveitou para assumir a liderança da Liga.

Apesar da derrota, o Sion ocupa agora de forma provisória o sexto lugar, num campeonato de 10 equipas, no qual apenas o último é despromovido. Caso Bellinzona e Neuchâtel Xamax vençam os seus compromissos, o Sion pode cair para o oitavo lugar da geral.

Christian Constantin soma assim duas derrotas e uma vitória, desde que tomou conta da equipa onde jogam os nosso bem conhecidos Kali e Paíto.

Um exemplo de líder


O líder não venceu e corre o risco de perder os estatuto. Zé Manel ainda adiantou o Leixões, mas a Naval empatou por Simplício já depois do minuto 90, quando nada o fazia prever. Mas mais uma vez a equipa de José Mota provou que neste momento é a melhor equipa da Liga e que merece estar na frente.

Mas como já disse, esse estatuto pode ser perdido amanhã, mas o incrível, não é o Leixões estar na frente, não é estar na frente, depois de vencer Sporting e FC Porto, fora, e de empatar com o Benfica em casa. Incrível, é estar na liderança, depois de vencer Sporting e FC Porto, fora, empatar com o Benfica em casa e ser prejudicado pelas arbitragens nos três jogos. Não fosse este «pequeno» detalhe e talvez o empate de ontem, não fosse suficiente para afastar o Leixões do comando da Liga.

No Mar, diante do Benfica, aos 84 minutos, Braga cai na área após obstrução de Yebda, ficando por marcar uma grande penalidade a favor do Leixões. A ser convertida, o Leixões talvez tivesse vencido 2-1 e somava agora mais dois pontos e o Benfica, menos um.

Diante do FC Porto, no minuto 65, Zé Manuel marca um golo para o Leixões, que acabou por ser mal anulado por fora-de-jogo inexistente.

Em Alvalade, no último minuto da primeira parte, fica uma grande penalidade por assinalar contra o Sporting por falta de Abel, que puxa Wesley dentro da grande área impedindo-o de chegar à bola.

Se nos dois últimos jogos, estes erros não tiveram influência directa no resultado final, uma vez que os «bebés de Matosinhos» acabaram por vencer, o mesmo não se pode dizer da partida com o Benfica.

É certo que o se em futebol não existe, nem é isso que pretendo com este post. Quero antes louvar o que tem sido o comportamento de uma equipa, que mesmo sendo prejudicada fortemente pelas arbitragens, não só consegue seguir em frente sem fazer grandes alaridos, como chega ainda à liderança da Liga. Um exemplo a seguir a todos os níveis.

Empresta aí um cartão!

Continuam as coisas esquisitas na arbitragem. Depois de vos ter mostrado aqui, um árbitro alemão que mostrou dois cartões amarelos ao mesmo tempo, trago-vos agora um juiz que simplesmente queria mostrar um cartão, mas não tinha nenhum no bolso.
Aconteceu no jogo entre o Gama e o Bahia, referente à Série B do Brasileirão. A dada altura Marconi, jogador da equipa visitante, cometeu uma falta dura sobre Júlio César, e o árbitro Wilson Seneme decide admoestar o infractor, só que após meter a mão ao bolso, não encontra nenhum dos cartões tendo solicitado a ajuda do quarto árbitro, que lhe emprestou os cartões.
Fiquem com mais um vídeo hilariante.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Estão a ver a diferença?


O jornal espanhol «As» avança hoje que um adepto do Racing Santander foi ontem detido pela polícia francesa, em pleno Parque dos Príncipes, onde a sua equipa defrontou o PSG, em partida a contar para a Taça UEFA (2-2).

O adepto espanhol passou inclusive a noite nos calabouços da polícia, por ter alegadamente efectuado uma saudação nazi durante o encontro e é agora acusado pela justiça francesa de apelar a ideologias racistas e xenófobas.

Em Portugal, há muito que se percebeu que as claques funcionam como autênticas redes de crime organizado, já mataram adeptos nos Estádios, há fortes suspeitas de ligações ao tráfico de droga e de armas, mas só agora surgiu uma operação da polícia, que começou em Lisboa, mas certamente não vai ficar por lá, para tentar pôr fim a estas instituições terroristas, que circulam pelos Estádios nacionais.

Em França. bastou uma saudação nazi, para que um único individuo fosse detido e tivesse que prestar contas na justiça, estão a ver a diferença?
Foto: Serrano Arce - www.as.com

Ricardo (vira) Costa(s) e vai embora


O FC Porto revelou esta sexta-feira, em comunicado publicado no sítio oficial do clube na Internet, que os dois Processos de Revisão das penas que lhe foram aplicadas na sequência do Apito Final não vão ser para já apreciados pela Comissão Disciplinar da Liga, que notificou o clube que o facto dos processos disciplinares se encontrarem em poder do Tribunal Administrativo de Lisboa inviabilizaria, por ora, a apreciação dos pedidos de Revisão.

Antes de mais, devo dizer que - como qualquer pessoa normal - sou obviamente contra a corrupção e todos os que prevaricarem neste sentido, devem apodrecer na cadeia e se o FC Porto, Pinto da Costa, ou outro qualquer clube, ou dirigente, cometeu este crime, deve pagar por ele.

Porém, sempre defendi, que a Comissão Disciplinar da Liga, deveria ter esperado pelas decisões dos tribunais, antes de proceder a qualquer condenação desportiva dos factos, no âmbito do processo Apito Final.

Na altura a equipa liderada por Ricardo Costa não entendeu assim e avançou com uma série de penas, sobre o FC Porto, Pinto da Costa, Boavista, João Loureiro, União de Leiria e João Bartolomeu, tendo apresentado como prova o teor das escutas telefónicas, segundo os tribunais, ilegalmente.

O FC Porto pediu a revisão das penas aplicadas no processo Apito Final após o Supremo Tribunal Administrativo ter considerado, no processo relativo à U. Leiria e a João Bartolomeu, as escutas ilegais em processos desportivos.

Ou seja, a CD da Liga e o senhor Ricardo Costa dizem agora que é melhor aguardar, quando há uns meses se apreçaram a condenar. Dois pesos e duas medidas, como já é habitual cá na terrinha.

A posição de Ricardo Costa está claramente fragilizada e penso que se deveria demitir e deixar o lugar a outro, que possa proceder às necessárias condenações, mas sem ilegalidades.

Estrela da Amadora: A palhaçada continua


Os jogadores do Estrela da Amadora estão finalmente a receber dois meses, dos três de salário que têm m atraso e decidiram retirar o pré-aviso de greve ao jogo com o Paços de Ferreira. A solução encontrada passa por uma verba assegurada pelo clube e outra pelo Fundo de Garantia Salarial do Sindicato de Jogadores, que ronda os 220 mil euros.

Ou seja, no fundo, o clube não conseguiu arranjar dinheiro para pagar aos seus atletas, tendo que recorrer a um «empréstimo», do Sindicato, para evitar que os atletas entrem em greve e deixem de aparecer aos jogos da Liga.

Muito se tem falado sobre as garantias que os clubes têm que entregar na Liga, em como são capazes de cumprir os orçamentos, garantia essa que o Estrela terá entregue, em conformidade com o exigido pelo órgão. Porém, a realidade tem sido bem diferente e a prova é que os jogadores continuam sem ver a cor do dinheiro, situação que só foi possível alterar devido ao tal «empréstimo» do Sindicato.

Ou seja, depois de estar a competir, com vantagem em relação às outras equipas, que com mais ou menos esforço, cumprem com as obrigações, o Estrela tem agora mais uma vantagem, de recorrer ao Fundo de Garantia Salarial, continuando a competir com o dinheiro dos outros.

Não tenho nada contra o Estrela, que é um histórico do futebol nacional, mas Salgueiros, Farense e Alverca também o eram e quando chegaram a uma situação limite, como esta, não tiveram outro remédio se não abandonar o futebol profissional.

Na Reboleira deveriam pensar em fazer o mesmo, mas à boa moda lusitana, a palhaçada dos salários em atraso continua, agora a coberto de instituições como a Liga, o Sindicato e a FPF, colocando no fundo em causa, aquilo que é a verdade desportiva.

Alípio bisou na estreia

O jovem avançado de 16 anos, Alípio, que trocou recentemente o Rio Ave, pelo Real Madrid C, teve um estreia auspiciosa com a camisola merengue, ao marcar por duas vezes na vitória por 5-3 sobre uma selecção sub-20 dos Estados Unidos, na última quarta-feira.
Ao que parece o miúdo vai mesmo longe e finalmente o «Chuto de Letra» pôde atestar da qualidade do atacante brasileiro. Não foi fácil, mas depois de muito procurar eis um vídeo com Alípio, a mostrar porque foi para Espanha. Podem ainda ler a reportagem que o jornal «Globo», do Brasil, fez sobre a vida do jovem craque.


Depois queixem-se...


Numa medida semelhante à adoptada pela Federação Portuguesa de Futebol e pela Liga de Clubes, assim como por outras Associações de futebol do país, a Associação de Futebol do Porto vai tornar públicas, através do seu sítio oficial na Internet, as nomeações dos árbitros, árbitros assistentes e observadores dos encontros dos Campeonatos Distritais.

A decisão é justificada como uma forma de "melhorar a gestão de recursos humanos e financeiros", e ainda pelo facto de passar agora a actuar "em conformidade com a Federação Portuguesa de Futebol, Liga de clubes e outras congéneres".

Para quem não sabe até aqui, os árbitros, árbitros assistentes e observadores só sabiam em que encontro iam actuar, hora e meia antes do início das partidas, o que contribuía a meu ver para uma maior transparência e protecção dos próprios árbitros, evitando que estes fossem eventualmente abordados pelos dirigentes dos clubes.

Neste novo modelo, a AF Porto vai ficar a par da FPF, da Liga e de outras Associações que já adoptam o mesmo modelo, mas no meu entender está só a arranjar «lenha para se queimar», depois não se queixem quando a suspeição for instalada.

Mais uma fuga... para a frente


O Tribunal de Londres decretou a extradição de Vale e Azevedo para Portugal. O juiz inglês considerou "irrealista" o receio de Vale e Azevedo "passar muito tempo na prisão" enquanto é feito o cálculo do cúmulo jurídico. O antigo presidente do Benfica foi ainda condenado a pagar seis mil libras (7125 euros) de custas judiciais.

Os advogados de Vale e Azevedo anunciaram, entretanto, que nos próximos sete dias irão apresentar recurso junto do Supremo Tribunal. A decisão deste tribunal superior deverá ser conhecida em Fevereiro de 2009 e será, em princípio, definitiva e final.

Só que até lá Vale e Azevedo ganha tempo. Agora conseguiu um fuga para a frente, mas até Fevereiro pode ser que tenha fugido para parte incerta e que nunca acabe por pagar na justiça pelos alegados crimes que cometeu. Este João é mesmo um artista...

O que é que lhes deu?


Depois da goleada sofrida ontem pelo Sporting, a semana europeia prosseguiu hoje de forma desastrosa para as equipas lusas.

O Benfica partiu para a Grécia com esperanças em trazer uma vitória, mas no final acabou humilhado e goleado, por 5-1, pelo Olympiakos.

A equipa de Quique Flores simplesmente nunca esteve em campo, sobretudo o quarteto defensivo formado por Maxi, David Luís, Sidnei e Jorge Ribeiro. Este último amanhã - já hoje na blogoesfera - vai certamente ser arrasado pela crítica, mas eu não vou por aí, embora tenha que referir que o defesa-esquerdo teve culpa em quase todos os golos sofridos pelo Benfica e que (como diz um amigo meu), Galleti fez dele uma «cabaça». Mas na verdade Jorge Ribeiro nunca foi bem auxiliado neste jogo, apanhou com os rápidos argentinos que vestem a camisola grega pela frente, mas ninguém apareceu na ajuda, sobretudo os homens de meio campo.

A certa altura todos se lembraram dos 7-1 de Vigo, mas na segunda parte o Olympiakos foi amigo e tirou o pé do acelerador, parando nos 5-1.

Já em Braga, quando parecia que os homens de Jorge Jesus iam embalar para mais uma vitória, apareceu um tal de Misimovic, que fez precisamente à defesa bracarense, o que fez Galleti a Jorge Ribeiro - leia-se «cabaça».

A vencer por 2-1 a 9 minutos do final do encontro, o central peruano, Rodriguez, faz uma falta disparatada à entrada da grande área, mas já no interior da mesma. Na conversão do penálti, Misimovic igualou a partida, acentuando o frio da noite minhota.

Porém, o empate, mesmo sendo em casa poderia ser um bom resultado, mas o Sp. Braga tentou ganhar e acabou por perder, porque Misimovic bisou aos 90+3. Esta foi a segunda derrota nos descontos sofrida pela equipa minhota, quando teve tudo para vencer o jogo.

Ainda assim, as hipóteses do Braga, são um pouco melhores que as do Benfica, na luta por um lugar na próxima fase da UEFA. Porém, podiam ser bem melhores as chances de apuramento, porque os adversários, embora de respeito, não eram nenhumas potências europeias, por isso, não sei mesmo o que é que lhes deu.
Fotos: EPA e LUSA

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Este sim deveria ficar fora da Selecção


O «Maisfutebol» apresenta hoje uma reportagem sobre Luís Gustavo, de 16 anos, que é a nova estrela das camadas jovens do Barcelona e também uma das figuras da selecção portuguesa de sub-17.

Nascido em Portugal e filho de pais brasileiros, o jovem regressou a terras de Vera Cruz, quando o pai, Santos, voltou a casa depois de em Portugal ter representado Sp. Braga, Desp. Chaves, U. Leiria, Peniche e a Naval. Porém, a Federação Portuguesa conseguiu o ingresso do jovem médio na selecção nacional de sub-16. Actualmente joga pelos sub-17 lusos e participou na recente vitória sobre o Cazaquistão, primeiro jogo de qualificação para o Europeu na categoria.

Contudo, Luís Gustavo não parece muito satisfeito por representar Portugal – volto a lembrar que o jogador nasceu em Leiria: “Disseram-me que a CBF [Confederação Brasileira de Futebol] não convoca jogadores que estão fora do Brasil tão cedo. A Federação Portuguesa entrou em contacto comigo e me chamou, no ano passado. Eu gosto de Portugal e aceitei. Não podia esperar e depois não ser convocado pelo Brasil, não é? Mas sei que ainda poderei jogar pelo Brasil se não actuar pela selecção sub-21 de Portugal. Quem sabe?”.
A conclusão que tiro é que a jovem promessa mantém esperanças de jogar pela selecção brasileira, recusando desse modo representar Portugal, país onde nasceu, por isso, se as palavras de Luís Gustavo chegarem à FPF, penso que esta deveria afastar em definitivo o atleta dos seus quadros.
Continuo a ser a favor das naturalizações e esta situação só reforçou esta minha ideia. Nunca ouvi Deco ou Pepe fazerem afirmações deste tipo, mesmo antes de serem chamados à nossa selecção, aliás fizeram precisamente o contrário, ao mostrarem intenção de agradecer ao nosso país tudo o que este lhes deu.
Já Luís Gustavo mostra-se bastante distante de Portugal, apesar de ter nascido e vivido no país até aos 5 anos.
Foto: D.R.

A melhor do Mundo

Numa altura em que tanto se fala do melhor jogador do Mundo, lembrei-me de redigir um post sobre a melhor jogadora de futebol do Mundo, que por sinal teria lugar em muita equipa masculina que anda por aí.

Falo-vos da estrela da selecção brasileira, Marta que viu a Assembleia Legislativa de Alagoas aprovar na terça-feira, em segunda e última votação, a mudança do projecto de lei que altera o nome do Estádio Rei Pelé para Rainha Marta, em homenagem à jogadora, que foi eleita a melhor do mundo em 2006 e 2007 e é nascida no Estado de Alagoas.

A alteração do nome do Estádio foi aprovada e será encaminhada para a sanção ou veto do governador Teotonio Vilela Filho, o que deve ocorrer em um prazo de 15 dias. A iniciativa partiu de um deputado local, que não aprova o actual nome do principal estádio de Alagoas e considera que será justa uma homenagem à atleta nascida na cidade de Dois Riachos. "O Pelé nunca mencionou a homenagem do povo alagoano em nenhum evento público. Ele não valorizou a presteza e a homenagem do alagoano para com ele", justificou o político.

Assim, depois de conquistar, com a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003, a medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas de 2004, o bicampeonato do torneio de futebol dos Jogos Pan-americanos de 2007, de ter sido eleita pela FIFA a melhor jogadora do mundo de 2006 e 2007, a jogadora ganha mais um motivo de orgulho.

Porém, Marta já foi comparada a Pelé, sendo chamada pelo mesmo de "Pelé de Saias", além disso, entrou na calçada da fama do Maracanã, sendo a primeira e, até agora, a única mulher a deixar a marca dos pés neste local.


Fica o tributo do «Chuto de Letra», porque elas também percebem da poda.


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Falta estaleca a este Sporting


O Sporting foi goleado esta noite em Alvalade, por 2-5, pelo Barcelona, perdendo assim a hipótese de chegar ao primeiro lugar do grupo.

Mesmo com o azar de ter feito dois golos na própria baliza e de ter visto o seu guarda-redes ser expulso, penso que a conclusão a tirar da boa participação dos «leões» na «Champions» é que falta estaleca e dimensão europeia a este Sporting.

Não está em causa a goleada desta noite, apenas o que tem sido o comportamento da equipa nos jogos com os chamados «grandes» da Europa do futebol.

Depois da goleada sofrida na pré-temporada em Madrid, às mãos do Real, segui-se nova derrota, desta feita em Barcelona por 3-1 e hoje a goleada de Alvalade.

De facto, a equipa de Paulo Bento parece respeitar demasiado este tipo de adversários, acusando a responsabilidade, acabando por se perder perante o poderio que se apresenta do lado contrário.

O apuramento para a segunda fase da Liga dos Campeões conseguido pelos homens de Paulo Bento é de salutar, mas não acredito que consigam ir muito mais longe.

Foto: Lusa

Duplo amarelo não dá vermelho

Afinal, nem sempre que um árbitro dá um duplo amarelo isso equivale a que se lhes siga um vermelho. Pelo menos não na II Divisão da Alemanha.
Tudo aconteceu no jogo entre o Mainz e o St. Pauli. Após uma falta dura no meio-campo e a discussão que se lhe seguiu, o árbitro chamou um jogador de cada equipa e sacou de dois amarelos ao mesmo tempo!
Fiquem com o vídeo...


A importância de evitar um novo «Caso Assunção»


Segundo adianta o «Maisfutebol» o empresário de Lisandro Lopez vai reunir-se amanhã com os responsáveis da SAD do FC Porto, tendo em vista a renovação do contrato do futebolista.

O actual vinculo do argentino com os dragões termina em Junho de 2011 e para o prolongar, este pede uma revisão salarial. Licha quer ver o seu ordenado igual aos dos mais bem pagos do plantel.

No último defeso a administração da SAD não teve competência para segurar Paulo Assunção, que acabou por abandonar o clube ao abrigo da Lei Webster. A decisões provou ser um desastrozo acto de gestão, uma vez que o brasileiro era uma das pedras fundamentais do xadrez de Jesualdo Ferreira, além de actuar numa posição fulcral do campo.

O FC Porto não quis aumentar o salário do brasileiro, este fugiu e os resultados estão à vista. Apesar de Fernando dar todas as garantias de poder vir a ser igual, ou até melhor, que Assunção, a sua integração no plantel teve que ser feita de forma brusca, o que naturalmente levou a que o brasileiro acusasse um pouco a entrada no «onze». Porém, devido à sua enorme qualidade, Fernando está a dar conta do recado e provou ontem, que está em crescendo.

Todavia, entendo que o FC Porto não se pode dar ao luxo de fazer o mesmo com Lisandro. Além de não ter nos seus quadros um jogador com as características do argentino, no mercado, também não abundam atletas com o carácter e qualidade técnica do avançado portista.

Deste modo, entendo que é de vital importância que a SAD consiga evitar um novo «Caso Assunção», até porque, Lisandro Lopez é do tipo de jogadores que todo o salário que ganhe, parecerá sempre pouco, em comparação com tudo o que acrescenta à equipa e ao futebol português.

4-1-3-2: Como se esquece uma crise


O FC Porto garantiu ontem o apuramento para os «oitavos» da «Champions», ao vencer na Turquia o Fenerbahçe por 1-2, com Lisandro a «bisar». Ao que parece, a crise que se instalou no Dragão depois de três derrotas consecutivas, – Dínamo de Kiev, Leixões e Naval 1º de Maio - que deixou Jesualdo em maus lençóis, está ultrapassada.

O motivo está directamente relacionado com o sistema táctico. O treinador portista começou a época a insistir no 4-3-3, que tantas alegrias deu ao clube nos últimos anos, mas esqueceu-se que não tem jogadores para o fazer, uma vez que o plantel, após a saída de Quaresma, deixou de ter extremos de qualidade.
Só Tarik não chega e o marroquino ainda por cima não está em forma.
Porém, o FC Porto possui uma quantidade de médios de boa qualidade – Rodriguez, Tomás Costa, Meireles, Lucho, Fernando e Pele – que permitem uma transição para um meio campo mais povoado, seja em 4-4-2, seja em 4-1-3-2, sendo que me parece que o último encaixa que nem uma luva nas características dos jogadores de Jesualdo Ferreira.
Fernando ou Pelé são jogadores que asseguram o equilíbrio da equipa. Quanto aos outros, bons tecnicamente e com uma boa capacidade de passe, são quase todos jogadores aguerrido, que lutam por todas as bolas. A excepção a este facto é mesmo Lucho – o jogador mais fino dos dragões.
No ataque, há Hulk e Lisandro. O argentino é o exemplo perfeito de um jogador de equipa e ainda por cima faz golos. Já o brasileiro, com a sua capacidade física, velocidade e potência de remate, pode ser o parceiro ideal para Lisandro, assim que esteja completamente adaptado ao futebol europeu e assimile os princípios colectivos do jogo.
Foi assim que o FC Porto ganhou em Kiev, em Alvalade e agora na Turquia; foi assim que jogou melhor e foi mais seguro e, estou em crer, que foi assim que esqueceu uma crise, que chegou a perturbar e muito, o quase sempre tranquilo ambiente do Dragão.
Foto: EPA

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Remodelação

Como já repararam, o «Chuto de Letra» está em obras. Vou tentar deixar o blogue mais aprazivel, tarefa que não tem sido fácil... Permitam-me um desabafo: o blogger já criava uns templates baseados em futebol, para que leigos em HTML como eu não tivessem que fazer um filme cada vez que querem mudar o aspecto dos blogues.

Antchouet está (quase) de volta


Lembram-se do avançado gabonês, Henry Antchouet, que despontou em Portugal ao serviço do Leixões, na época em que a equipa alinhava na II Divisão B e chegou à final da Taça de Portugal?

Pois bem, o atacante está de volta a Portugal e treina desde o início deste mês com a equipa do Leça, que compete na III Divisão Nacional. Porém, não se trata do mais recente reforço da formação leceira e passo a explicar porquê.

Em 15 de Junho de 2007, Antchouet foi punido com dois anos de suspensão, depois de ter acusado cocaína durante uma partida da final da Taça da Grécia. Curiosamente, a sua equipa, o Larissa, venceu o troféu ao bater o Panathinaikos por 2-1 e o golo do triunfo foi apontado pelo avançado gabonês.

Em sua defesa, Antchouet alegou que uma mulher pôs cocaína na sua bebida cerca de uma semana antes do jogo e a própria admitiu o acto quando este a confrontou depois de definida a sua suspensão, que apenas termina em Junho de 2009.

Deste modo o atacante gabonês treina com o plantel do Leça, apenas para manter a forma, uma vez que aos 29 anos ainda tem muito para dar ao futebol, ainda mais quando ficará livre no final desta temporada para escolher o clube que bem entender.

No seu blog pessoal, Antchouet confirma que está a manter a forma no Leça FC e que tenciona regressar em força quando a suspensão terminar, agradecendo ao clube "por lhe dar condições para treinar".

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O que é feito de... Kenedy


Hoje, na rubrica «O que é feito de...» trago-vos a história de Kennedy.

Daniel Kennedy Pimentel Mateus dos Santos nasceu a 18 de Fevereiro de 1974, em Bissau, Guiné-Bissau, tendo acompanhado posteriormente a família, quando esta emigrou para Lisboa.

Chegado à capital foi-se inscrever nas camadas jovens do Benfica, onde percorreu todos os escalões e fez toda a formação até chegar ao plantel principal, na temporada de 1992/93.

Kennedy é um defesa-esquerdo, que também pode jogar a extremo, dotado de boa técnica e velocidade para a idade, foi considerado como uma das grandes promessas do Benfica e do futebol nacional.

A estreia na equipa principal do Benfica aconteceu pela mão do técnico Toni, a 9 de Janeiro de 1993, na Mata Real, diante do Paços de Ferreira, partida que os encarnados venceram, por 0-2.

Na Luz permaneceu até à temporada 95/96, período no qual conquistou um campeonato nacional em 1993/94 e duas Taças de Portugal em 1992/93 e 1995/96. As boa exibições, embora sem o folgor do tempo das camadas jovens, fizeram despertar o interesse do PSG, de França, levando Kennedy a dizer não ao clube do coração, optando por não assinar a renovação do contrato e rumar ao Parque dos Príncipes. Este facto fez dele um dos jogadores mais odiados pelos benfiquistas nos últimos anos.

Contudo, em França, a vida não foi fácil e Kennedy passou na época 96/97 mais tempo na bancada do que dentro de campo. Todavia, as qualidades demonstradas enquanto jovem ainda faziam dele um bom valor do futebol nacional, facto que motivou a aposta do FC Porto, que contratou o jogador em 97/98.

Mas Kennedy entrava já, aos 24 anos, na fase descendente da carreira e também não se impôs nas Antas e acabou vendido ao Albacete, de Espanha, onde também não vingou, sendo emprestado ao Estrela da Amadora, onde esteve até 2000/01.

Na Reboleira reencontrou-se com o bom futebol e chegou mesmo a ser capitão de equipa, facto que lhe valeu uma transferência para o Marítimo, onde se manteve em bom plano e quase marcou presença no Mundial de 2002, mas um controlo anti-doping positivo arruinou-lhe as esperanças de representar a selecção AA. Nesse mesmo ano estava indicado como potencial reforço do Sporting, mas o facto de ter acusado doping deitou tudo a perder.

Em 2003/04 assina pelo Sporting de Braga e na temporada seguinte ruma a Coimbra para jogar na Académica, mas tinha-se esgotado o espaço de Kennedy no futebol português, motivou pelo qual regressou ao estrangeiro.

Em 2005/06 transfere-se para o APOEL, campeão de Chipre, onde se assume como uma das figuras da equipa, rumando no ano seguinte até à Grécia para representar o Ergotelis, onde se mantém até hoje.

Fiúza queria Ilídio, mas a FPF disse não Vale


O Gil Vicente anunciou hoje que a equipa de futebol vai continuar a ser orientada pelo ex-director-desportivo, Manuel Ribeiro, depois de não ter conseguido contratar um técnico da Federação Portuguesa de Futebol, para suceder ao professor Neca, que abandonou o clube na semana passada.

Em declarações à Lusa, o presidente António Fiúza revelou que começou "por convidar um técnico, que pertence aos quadros da Federação, para abraçar um projecto ambicioso". O treinador "mostrou-se interessado, mas só aceitaria se conseguisse a desvinculação do contrato" com a FPF, algo que o órgão que tutela o futebol nacional não se mostrou disposto a fazer.

Fiúza recusou anunciar quem seria esse tal treinador que pertence aos quadros da FPF, mas o «Chuto de Letra» está em condições de revelar que se tratava de Ilídio Vale, actual seleccionador nacional de sub-19 e que já trabalhou no FC Porto.

Até onde vai este Leixões?

É a nova pergunta que deixo a todos os leitores do «Chuto de Letra». Participem!

O povo não quer Liedson


Encerrou hoje a sondagem levada a cabo pelo «Chuto de Letra», onde se perguntava aos leitores se Liedson deveria ser chamado a representar Portugal.

O resultado ditou uma vitória esmagadora do Não, que somou 29 votos, angariando 70 por cento dos votos. Já o Sim ficou-se pelos 13 votos, equivalente a 30 pontos percentuais.

A conclusão não pode ser mais óbvia: o povo não quer Liedson na selecção.

Embora respeite todas as opiniões e agradeça a participação de todos os que votaram, não posso deixar de mostrar o meu desacordo para com a maioria. Entendo que Liedson deve ser chamado a representar Portugal, por todas as suas qualidades enquanto futebolista, - penso que se a pergunta fosse: um jogador como Liedson, faz falta à selecção (?), a resposta teria sido um sim inequívoco - mas não era isso que estava em questão, pelo que acredito que a maioria quer deste modo expressar o seu descontentamento com as naturalizações de jogadores. É precisamente neste ponto que estamos em desacordo.

Sou completamente a favor das naturalizações, primeiro porque se a própria Lei dá aos estrangeiros que vivem em Portugal esse direito, não somos nós que lho vamos tirar; segundo porque Liedson está há cinco anos no nosso país, contribuindo para a melhoria do futebol português e dando aos adeptos razões para assistirem aos jogos da Liga, porque um jogador desta qualidade não aparece por cá todos os dias e terceiro, porque Portugal teve, tem e sempre terá indíviduos nascidos noutros países a representá-lo, como acontece no atletismo, na arte e até na política.

Mas essencialmente porque no futebol sempre o teve e não falo só de Eusébio. Na actual equipa nacional temos Bosingwa e Nani, contudo, nunca ouvi ninguém (ousar) dizer que não deveriam ser convocados porque nasceram no Congo e em Cabo Verde, respectivamente.

Com Liedson na selecção Portugal ganha o que raramente tem tido nas últimas décadas, alguém que marque golos, e como sabemos, no futebol este é um factor essencial para o sucesso.

Presidente também treina


O insólito aconteceu no Sion, um dos emblemas com mais história no Campeonato suíço. O presidente do clube decidiu despedir o técnico Ulrich Stielike. O treinador não resistiu à fraca campanha da equipa nesta temporada e tornou-se no 17º treinador a ser despedido por Christian Constantin, em apenas três épocas. “Não vejo melhoras nos jogadores, nem nada positivo”, afirmou o dirigente na hora de correr com o treinador.

Segundo os relatos que chegam da Suiça, ao longo das últimas três épocas, Christian Constantin teria sido avisado pelos sucessivos treinadores que foram passando pelo clube, que o plantel seria de fraca qualidade, para os objectivos propostos: o título de campeão.

Vai daí, Christian Constantin tomou uma decisão que é no mínimo insólita: ele próprio vai assumir o cargo de técnico de forma interina até à pausa de Inverno.

O presidente que agora também treina teve a sua estreia no comando técnico no passado dia 8, em partida da 14ª jornada do campeonato, tendo perdido por 2-1 na deslocação ao terreno do Bellinzona. Já no passado fim-de-semana, as reacções à «chicotada» começaram a fazer-se sentir, com o Sion a vencer na recepção ao Vaduz, por 3-1.

A equipa ocupa actualmente o sexto lugar, num campeonato de 10 equipas, no qual apenas o último é despromovido.

A ideia de Christian Constantin é de facto bizarra, mas quantos dirigentes deste futebol já não terão pensado o mesmo, ou seja, que os treinadores é que são uns nabos, ou burros como diria o outro, e que eles é que sabiam como colocar a equipa a jogar futebol.

Não sei se o presidente do Sion tomou a melhor decisão, porque isso, só o tempo o dirá, mas fica desde já prometido que o «Chuto de Letra» vai acompanhar semanalmente a carreira de Christian Constantin e tirar a teima.
Foto: www.fc-sion-live.ch

domingo, 23 de novembro de 2008

Porque também os há bons... ou menos maus!


Para variar, muito se tem falado em arbitragem nesta temporada, sobretudo para os lados de Alvalade, com um Paulo Bento a cegar, porque às vezes até tem razão.

No final da partida com a Naval 1º Maio, o treinador do Sporting insinuou que foi prejudicado pelo trabalho de Artur Soares Dias, afirmando que não jogou só contra onze.

Se é verdade que o Sporting já foi prejudicado esta época, é igualmente verdade que na Figueira da Foz, se há equipa com razão de queixa é a Naval, uma vez que ficou por marcar uma grande penalidade cometida por Polga sobre Marcelinho.

Mas este post não é sobre as queixas de Paulo Bento ou sobre as razões navalistas, é sobre Artur Soares Dias.

O jovem árbitro do Porto é dos melhores, se não o melhor, que temos por cá e provou-o na Figueira da Foz. Muito bem em termos disciplinares ao expulsar Derlei e Caneira, Artur Soares Dias julgou quase sempre bem os lances e provou que evoluiu bastante desde que subiu à primeira categoria.

Não fosse a grande penalidade sobre Marcelinho e teria tido uma nota excelente, o que contudo, não invalidade o bom trabalho e a demonstração que afinal, por cá também há árbitros bons, ou menos maus.

Os jogadores mais burros de Portugal


Derlei e Caneira são por estes dias os jogadores mais burros de Portugal. Tudo, porque ambos somaram a segunda expulsão consecutiva no encontro com a Naval 1º de Maio.

O primeiro, depois de não ter terminado o encontro com o Rio Ave, viu o vermelho directo, após despique com Hauw, enquanto o defesa português foi admoestado por duas vezes com a cartolina amarela, depois de lhe ter acontecido o mesmo diante do FC Porto para a Taça de Portugal.

Mas nem é pelo vermelho que digo que são, por estes dias, os jogadores mais burros a actuar em Portuagl. É pela forma como ele foi visto.

Derlei, num lance sem qualquer perigo e passado a meio campo, tem uma entrada às pernas do adversário, na qual, nem sequer viu onde estava a bola. Já Caneira, após ser batido em velocidade por Simplicio, entra por trás às pernas do adversário, que naturalmente força a queda, o que não invalidade que o segundo amarelo fosse bem mostrado.

Resultado: a equipa ficou escusadamente a jogar com nove desde os 66 minutos. Tudo porque os dois jogadores do Sporting não tiveram inteligência, motivo pelo qual a SAD deveria agir com mão pesada, onde mais costuma doer aos atletas, no ordenado.

A caminho do Dubai


O avançado brasileiro do Leixões, Wesley, está muito perto de se transferir para o Al-Wahda do Dubai.

Ao «Maisfutebol», o Leixões confirma que se encontra perto de um entendimento com o clube asiático. Vítor Oliveira, director-desportivo da formação de Matosinhos, fala em "negociações avançadas" que "nos próximos dias devem chegar ao fim".

Ao que parece o Leixões deverá encaixar cerca de meio milhão de euros, o que manifestamente me parece muito pouco. Além do seu valor, Wesley carrega nesta altura o peso de ser o melhor marcador da Liga Sagres e acredito que valor deverá subir um pouco mais, mesmo tendo em conta que no final da temporada o brasileiro termina contrato.

A confirmar-se a saída, o futebol português perde um dos seus melhores valores e vê confirmada uma dura relidade: não temos argumentos para segurar os bons jogadores.




Foto: José Rebelo, www.correiomanha.pt

O sonho comanda... o Leixões



Estamos no dia 24 de Maio de 2009, Domingo no qual se disputa a última jornada da Liga Sagres. O Leixões de José Mota recebe no Estádio do Mar o Marítimo e precisa de uma vitória para fazer história no futebol português e conquistar o título.

São 17h45 quando chego a casa vindo do trabalho e corro a ligar a televisão na Sportv 1. A caminho de casa ouço na Rádio que o Benfica está a vencer, no Estádio da Luz, o Belenenses por esclarecedores 3-0.

No Mar o jogo entra nos descontos e um teimoso nulo ameaça tirar o sonho às gentes de Matosinhos.

É então que Beto segura um remate de Baba e lança imediatamente a bola na frente, onde está Diogo Valente a receber sobre a esquerda. Com um toque subtil o extremo faz a bola passar sobre Miguelito e envia o esférico para Chumbinho - um médio ofensivo brasileiro que ganhou protagonismo na equipa, após as saídas de Braga e Wesley no mercado de Janeiro – este recebe de pé direito e em velocidade ultrapassa os centrais do Marítimo, ficando na cara de Marcos e com um desvio atira a contar.
Estamos no final do período de descontos e Bruno Paixão nem deixa a bola vir ao meio campo.O jogo termina na altura em que na Luz, Reyes amplia para 4-0, mas já é tarde. A festa rebentou no Estádio do Mar, José Mota é levado em ombros pelos jogadores e nas bancadas, as gentes de Matosinhos entoam o cântico «Campeões, Campeões, nós somos Campeões»…
É neste momento que ouço ao longe o despertador. Não estamos mais a 24 de Maio de 2009, é antes o dia 23 de Novembro de 2008 e tenho que me dirigir para o trabalho.
O Leixões não é campeão nacional, mas lidera a Liga com quatro pontos de avanço sobre o Benfica, que tem menos um jogo, depois de um vitória sofrida em Vila do Conde. Wesley e Bruno China marcaram e continuam a alimentar um sonho que tem comandado o Leixões, que a cada jornada que passa ganha mais «adeptos».
É o meu caso… que bom seria se a 24 de Maio de 2009, com outros artistas, a história tivesse o seu epílogo no início deste texto.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Venha Assunção


Em entrevista ao jornal espanhol «El Mundo Deportivo», Paulo Assunção, médio defensivo que trocou o FC Porto pelo At. Madrid neste defeso mostrou-se disponível para representar a Selecção Nacional, caso Carlos Queiroz entenda convocar o jogador nascido no Brasil.

"Em Portugal havia dúvidas se eu podia jogar pela selecção, porque estive nos sub-20 do Brasil. Eles estavam interessados, pensavam que não era possível, mas afinal posso jogar, sim", afiança o jogador que vai ainda mais longe nas suas declarações: "Ainda é possível e eu ficaria encantado. Estou disponível. É um dos grandes objectivos que tenho: quero ganhar um título pelo Atlético e jogar pela selecção de Portugal. É um país que me deu muito e eu gostaria de retribuir de alguma forma."

Já esta tarde, Carlos Queiroz admitiu analisar o caso e chamar o jogador.

Ao que parece, depois de Deco e Pepe, a equipa lusitana está perto de receber mais dois elementos nascidos no Brasil: Liedson e Paulo Assunção.

Como sabem os leitores do «Chuto de Letra», não tenho qualquer preconceito em ver jogadores nascidos noutras paragens a representar Portugal e acredito, que Assunção seria uma excelente opção para dar alguma tranquilidade e qualidade ao meio campo defensivo da nossa selecção.

Por mim, que venha Assunção e já agora, que traga também Liedson.



Foto: AM PRESS

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempo de mudanças...


Alguém me pode explicar como se eu fosse um puto de quatro anos, porque carga de água marcou a Federação Portuguesa de Futebol um jogo no Brasil, em Novembro - quando a única hipótese das duas equipas se defrontarem oficialmente é daqui a dois anos na África do Sul -, a uma quarta-feira, quando no fim-de-semana seguinte há campeonato?!

Claro que os jogadores vão fazer uma desnecessária viagem de longa duração, que provoca sempre algum desgaste físico, que só poderia resultar em algo escabroso - mas confesso que não esperava tanto -, como foram os 90 minutos em que o Brasil fez o que quis de uma Selecção Nacional, cuja maioria dos jogadores, simplesmente não esteve em campo.

Portugal foi humilhado no Brasil, de uma maneira como não me lembro de ver. Não foi só a questão do resultado, o pior foi mesmo o comportamento dos nossos atletas.

Quim prosseguiu aquilo que tem sido a sua habitual performance quando actua na selecção, ou seja, um desastre, com culpas em três golos. Pepe fez uma exibição sofrível e foi sempre ultrapassado por Robinho e companhia. Bruno Alves limitou-se literalmente a ir ver a bola, como fez no lance do sexto golo. Paulo Ferreira simplesmente nunca existiu, sobretudo na segunda parte, fico com a ideia que deve ter perdido de vez o lugar nas convocatórias. Bosingwa, apesar das culpas no primeiro golo, até nem foi dos piores. Deco simplesmente não sabe jogar mal, embora tenha acabado por se perder no meio do desespero lusitano. Tiago regressou em bom nível, dos melhores, ou menos maus. O mesmo registo serve para Maniche. Na frente, bem na frente tivemos um patético Cristiano Ronaldo. Não deve ser chamado enquanto não fizer pelo menos metade na selecção, do que faz nos seu clube. Simão, salvou-se o golo e pouco mais. A fechar o «onze» tivemos Danny, o melhor de Portugal, para além das qualidades técnicas, mostrou uma entrega ao jogo sem comparação na equipa, merece ser titular.

Quanto a Carlos Queiroz, mais uma vez fico com a sensação de que não tem culpa nos resultados que a equipa tem averbado. Num jogo amigável, admitem-se as experiências, que até nem foram assim tantas, mas quando os jogadores não querem jogar, que pode um treinador fazer?

Substituir a equipa -digo eu -, porque o bom que tem de se treinar uma selecção, é que as opções nunca acabam.

Que tal, na próxima convocatória trocar Quim, por Beto do Leixões; Paulo Ferreira por Jorge Ribeiro do Benfica; Cristiano Ronaldo por Braga do Leixões; Simão por Orlando Sá do Braga; Pepe por Bura do Covilhã; já agora Raúl Meireles a titular e esperar pelo Regresso de Ricardo Carvalho.

Talvez não sejam os melhores jogadores portugueses do momento, nas respectivas posições, mas certamente que aqueles que ostentam apenas os estatuto, acordassem para a vida e começassem a jogar o que sabem, quando representam o país.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Futuro seguro


Nos últimos anos Portugal tem revelado ao Mundo alguns dos melhores defesas-centrais que o futebol já viu. Casos como os de Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Pepe e até Fernando Meira - embora goste mais de o ver no meio campo - atestam claramente estes afirmação e provam que Portugal já não é só uma escola de médios/extremos e de jogadores habilidosos.

Ontem, durante o particular que a selecção de sub-21 disputou com a Espanha, tendo vencido por 4-1, Orlando Sá foi o grande destaque, mas penso que é justo deixar uma palavra para todos os centrais que Rui Caçador lançou.

Bura, Miguel Vítor, André Pinto e Daniel Carriço mostraram que em termos defensivo, o futuro do futebol português está bem seguro. Para além de quase todos mostrarem uma capacidade física que impressiona e assusta qualquer avançado, provaram que são jogadores com velocidade e capacidade de antecipação, qualidade a que juntam uma impressionante precisão de passe.

Vamos só esperar que estes «miúdos» não acabem esquecidos pelos clubes que são detentores dos respectivos passes - FC Porto, Benfica e Sporting - e que não terminem as suas carreiras num clube secundário, porque ontem provaram ser bem melhores do que um qualquer Stepanov da vida.

Que falta faz Ibson no FC Porto

Muito se tem falado na necessidade do FC Porto recorrer, ou não, ao mercado em Janeiro. Na minha opinião os tricampeões nacionais necessitam de fazer alguns ajustamentos, nomeadamente nas laterais e a meio campo.

Se para colmatar as debilidades defensivas é necessário ir mesmo às compras, no meio-campo, a tarefa é simples basta fazer regressar o brasileiro Ibson.

O grande problema do plantel portista é não ter um substituto à altura para Lucho e está mais que visto, que nesta temporada, o argentino não tem estado no pleno das suas faculdades. Além disso, Ibson é bom de bola, ataca e defende, tem boa visão de jogo e uma qualidade de passe bastante acima da média.

O que não se sabia é que também marcava golos. Ao serviço do Flamengo é o melhor marcador da equipa no Brasileirão, com dez tentos apontados e no último fim-de-semana fez uma exibição simplesmente brilhante, coroado com um hat-trick.

Por tudo isto, parece o reforço ideal, mas difícil será ultrapassar o diferendo com o técnico Jesualdo Ferreira, que motivou a saída de Ibson para o Flamengo.

Fiquem com o vídeo e atentem sobretudo aos golos do médio na vitória flamenguista sobre o Palmeiras, por 5-2.


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para quem quer aprender a contra-atacar

Um golaço que encontrei no Youtube. Foi no jogo do campeonato colombiano - após ter sido alertado por um leitor, reconheço tratar-se de um encontro da Liga mexicana -, entre o Toluca e o América, que os primeiros venceram por seis bolas a zero.

Um bom exemplo de como se pode sair em contra-ataque de forma rápida e apoiada. Um vídeo que todos os escalões de formação dos vários clubes deveriam ver com atenção.

Quem é Orlando Sá?


A Selecção Nacional de sub-21 derrotou hoje a Espanha por 4-1, num encontro de carácter particular disputado no Cartaxo. Contudo, não é sobre o jogo de Portugal que vou escrever, mas sim sobre um ponta-de-lança, de seu nome Orlando Sá, que cometeu a proeza de fazer três golos neste encontro.

Este possante avançado, tem 1,88 metros de altura, pesa 86 quilos e como se comprova pela sua estampa física, é bastante possante e muito forte no jogo aéreo, como prova o facto de ter apontado três golos de cabeça no encontro desta noite.

Orlando Sá foi formado no Sporting de Braga e integra o plantel principal comandado por Jorge Jesus e embora ainda não tenho sido utilizado pelo técnico bracarense, já integrou várias vezes as convocatórias.

Confesso, que não conhecia o jovem português, que recentemente completou 20 anos de idade, mas pela amostra desta noite, fiquei com a sensação de que podemos estar perante o ponta-de-lança, que o futebol nacional procura há décadas.

Tem características que fazem dele um finalizador nato, mas mostrou também ser inteligente, soltando a bola quando o deveria fazer e atirando à baliza quando era mais oportuno. Ajudou a defender, recuando sempre que era necessário, quer a apoiar o meio campo, quer quando em situações de bola parada contra Portugal, ajudou a afastar o perigo da nossa baliza.

Não sei quem é Orlando Sá, mas o que mais me preocupa é que, ao que parece, os principais clubes portugueses também não o sabem.



Foto: EPA/ANTONIO COTRIM

Paixão de fora... outra vez


Bruno Paixão voltou a ficar de fora da lista de árbitros nomeados para a próxima jornada das competições profissionais, na sequência da polémica arbitragem no jogo da Taça de Portugal entre Sporting e FC Porto.

Depois de ter sido contemplado com a nota Bom no encontro da Taça, o tema é inevitável e desta feita até vou defender Bruno Paixão.

Sim o juiz de Setúbal é mau, mas só o é, porque alguém viu nele qualidades para arbitrar jogos da primeira categoria em Portugal, sendo certo que nos distritais deve haver alguns de qualidade bastante superior, o que também não é difícil.

Mas na verdade, Bruno Paixão está a ser vitima de uma injustiça. Ficar de fora dois fins-de-semana seguidos depois de receber um Bom, é como se um qualquer estudante universitário ficasse no desemprego, depois de concluir o curso com nota de 20 valores.

Paixão tem assim razões de queixa. O homem teve Bom e como «prenda» fica dois jogos em casa! De facto não se compreende e o próprio deve estar com a cabeça às voltas. O que mais terá que fazer para voltar a ser chamado?

A menos, que o observador responsável por tão extraordinária avaliação, também esteja em «descanso», a atitude da Comissão de Arbitragem é incompreensível. Mas, já que neste país costuma andar tudo ao contrário, que assim se mantenha, pelo menos até que Bruno Paixão deixe de ter idade para apitar jogos de futebol.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Claques: não obrigado!

A PSP levou ontem a cabo a «Operação fair-play», que resultou na detenção de duas mulheres e 28 homens, membros da claque do Benfica «No Name Boys». Os detidos são suspeitos de vários crimes como associação criminosa, posse e tráfico de armas de fogo, tráfico de estupefacientes, ofensas à integridade física qualificada, roubo, incêndio, explosões e outras condutas especialmente perigosas, segundo informou a PSP em comunicado.
Como se não bastasse, segundo a polícia, "os suspeitos dedicavam-se ao tráfico de produto estupefaciente como forma de financiamento da claque".
Ou seja, as claques de Portugal, nomeadamente as dos três grandes, não são falanges de apoio aos respectivos clubes, mas autênticas organizações criminosas que em nada servem o futebol.
Ainda por cima, fazem-no a coberto dos clubes, embora os «No Name Boys» não estejam regularizados e não sejam reconhecidos pelo Benfica, que no entanto lhes cede espaço nas instalações do clube.
Nunca fui fã das claques, mas reconheço porém, que o seu contributo, quando em prol do futebol, dá aos Estádios um ambiente e colorido diferentes. Contudo, este espectáculo está a ser substituído por outro, nada agradável, uma vez que são as claques quem mais contribui para a insegurança nos Estádios de futebol e para a onda de violência, que muitas vezes vemos nas bancadas.
Sem elas o futebol não perderia este colorido, basta olhar o caso inglês, onde não existem claques organizadas e no entanto, os adeptos cantam durante 90 minutos e são incansáveis no apoio às equipas.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trofense-Marítimo: Descubra as diferenças


O Marítimo venceu hoje o Trofense por duas bolas a zero, continuando a recuperação, que vem desde a terceira jornada e leva já seis jogos sem perder.

A equipa de Lori Sandri interrompeu a série de bons resultados do Trofense - não perdia há quatro jogos, entre campeonato e Taças - desde que Tulipa assumira o comando técnico. Desta perdeu, porque não teve a capacidade para finalizar as oportunidades criadas, muito embora tenha até rematado mais vezes à baliza do que o adversário, que contudo, foi bem mais perigoso e objectivo.

Assim, os insulares ocupam, ainda que de forma provisória, o terceiro lugar, enquanto os homens da Trofa se mantêm na penúltima posição da Liga, podendo voltar a cair para a «lanterna» no final da ronda.

Estas duas equipas espelham algo que sempre defendi: trocar de treinador não é, na maior parte dos casos, solução para por fim aos maus resultados.

O Marítimo entrou na Liga com duas derrotas, às quais se seguiu um empate e claro, a natural contestação dos sócios, que pediam já a cabeça de Lori Sandri. Porém, a direcção madeirense teve a coragem de segurar o treinador e os resultados estão à vista: quatro vitórias e um empate, num total de seis jogos sem perder. É certo que pelo meio houve uma eliminação da Taça de Portugal, às mãos do Arouca, mas o pecúlio do Marítimo tem provado, que o mau início de época não se deveu à falta de capacidade do seu treinador.

Já o Trofense entrou na Liga a somar quatro derrotas seguidas, factor que motivou a saída de Toni, técnico que trouxe pela primeira vez na história o emblema ao principal escalão do futebol nacional.

Saiu Toni, entrou Tulipa que perdeu na estreia e posteriormente somou um empate, seguido da primeira vitória. Contudo, os problemas da equipa não se foram embora com Toni e o jogo de hoje provou-o, muito embora se note algumas evoluções, que todavia não considero serem mérito exclusivo de Tulipa, mas sim do tempo, que é sempre importante quando se inicia a construção de um grupo. Tempo esse que Toni não teve.

Defensivamente a equipa continua débil e na frente os problemas na finalização mantêm-se, numa formação onde se notam ideias, mas digo eu já as havia em Alvalade, logo na primeira jornada, muito antes da troca de treinadores.
Foto: Lusa/João Abreu Miranda

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Afinal Pinto da Costa ainda manda


Muito se tem falado ultimamente dos prémios que os administradores da SAD do FC Porto teriam direito a receber caso o clube termine na segunda ou terceira posição da Liga Sagres.

Pois bem, na Assembleia Geral de hoje, a administração da mesma recusou qualquer prémio caso o clube termine o campeonato em segundo ou terceiro lugar e segundo vai dando conta a Comunicação Social, o presidente dos dragões, Pinto da Costa terá rejeitado essa proposta, aceitando apenas prémios no caso do FC Porto revalidar o título ou vencer alguma competição internacional.

Contudo, ao que parece, esta estapafurdia proposta foi a presentada pela Comissão de Vencimentos - quão importante seria saber quem são os elementos da dita Comissão - que justifica a sua proposta, com base no facto de o segundo e terceiro lugar serem posições que dão acesso às competições europeias. Ora digo eu que o quarto e o quinto também dão, se calhar era melhor atribuir prémios, mesmo que o clube se consiga manter na Liga, afinal do jeito que as coisas andam no Dragão, vale mais prevenir do que remediar.

Mas a Comissão de Vencimentos diz ainda "que a metodologia que definiu, podendo embora ser discutível à luz de outras lógicas e critérios, é absolutamente lícita e transparente, não lhe cabendo, pois, alterá-la ao sabor do ruído entretanto criado".

Ou seja bom, bom é como dizia o Abel, que os cães ladrem e caravana vá seguindo o seu caminho, ou no caso, que os administradores vão enchendo os bolsos.

A medida foi rejeitada, sendo que Pinto da Costa terá sido o primeiro a fazê-lo. Sinceramente não estou a ver o presidente do FC Porto a tomar esta medida ao sabor do ruído entretanto criado, porque esse nunca foi o seu modo de actuação. Estou em crer é que Pinto da Costa sempre esteve contra esta medida, simplesmente não terá conseguido evitar que ele seguisse em frente. Mas ao levantar-se agora, para rejeitar solenemente tal proposta, provou uma outra coisa: afinal Pinto da Costa ainda manda.

P.S - Também publicado em http://futebolartte.blogspot.com/

Mais uma chapada


Já o havia feito quando ainda era seleccionador de Portugal, mas desde que deixou o nosso país para treinar o Chelsea, Scolari tem-se fartado de distribuir pancada no povo lusitano, que tanto o apoiou.

Os habituais visitantes do Chuto de Letra, já sabem que não vou à bola com o brasileiro, mas digo sinceramente, cada vez gosto menos dele. E desta vez nem sequer é enquanto treinador, porque desse lado nunca fui, nem serei fã, mas a verdade é que já nem do ser humano suporto ouvir falar.

Depois de passar anos a dizer que Cristiano Ronaldo é que era o melhor do Mundo, foi só assinar pelo Chelsea para mudar de opinião, entregando esse estatuto a Lampard. Nada contra o facto do senhor ter mudado de opinião, mas desconfio que não foi isso que aconteceu.

Na verdade Scolari sempre se esteve marimbando para o futebol português, era apenas mais um tacho - e que tacho - e uma forma de tentar afirmar-se na Europa do futebol. Por isso, até nem estranho que tente agora ser mais papista que o Papa, aproveitando-se da situação para cair no goto dos ingleses.

Mas o que ouvi hoje da boca do actual seleccionador nacional, Carlos Queiroz, define na perfeição o carácter do brasileiro. No programa «Grande Entrevista», da RTP, o técnico da selecção revelou que quando foi nomeado para o cargo, contactou Scolari, de forma a que a transição fosse o mais pacifica possível e que os interesses de Portugal fossem defendidos. Pois bem, o brasileiro recusou terminantemente falar com Queiroz.

Mais uma chapada nos portuguesinhos que passam a vida a defendê-lo, com discursos saudosistas, que como diz Paulo Bento, até já enojam.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O que é feito de... Emerson


Como já é quase 1h00 e o sono não vem, deu-me para investigar o que é feito de alguns jogadores que passaram pelo futebol português e lembrei-me de criar uma rubrica aqui para o blogue. Assim, volta e meia não estranhem se depararem com fotos de velhos conhecidos, quando entrarem na porta de acesso ao Chuto de Letra.

O primeiro contemplado em «O que é feito de...» é Emerson. Médio brasileiro que chegou a Portugal na já longínqua temporada de 91/92, para representar o Belenenses, depois de no seu país ter representado o Flamengo e o Coritiba.

Destacou-se pelo enorme pulmão e pela extrema capacidade física do seu futebol. Era o que vulgarmente se chama de «tractor», ou seja, levava tudo à frente. Muito útil sobretudo a defender, passou três anos a dar nas vistas no Restelo até que o FC Porto o contratou em 94/95, tendo jogado duas épocas de «dragão» ao peito, onde aperfeiçoou a capacidade de passe. Sem ser um artista (longe disso), Emerson destacou-se no FC Porto e duas épocas depois foi transferido para o Middlesbrough de Inglaterra e dois anos mais tarde para Espanha, onde jogou no Tenerife, Deportivo e Atlético de Madrid. Nunca foi uma estrela, mas a verdade é que jogou em dois dos melhores campeonatos do Mundo.

Por esta altura entrou em declínio, mas ainda assim conseguiu chegar à Escócia, onde representou o Rangers em 2004, ano em que regressou ao Brasil, para fazer duas épocas no Vasco da Gama, findas as quais regressou à Europa para jogar na Grécia, onde representou o Xanthi até que Fernando Santos o levou para o AEK de Atenas.

Na época passada deixou a Grécia para «navegar» até à ilha de Chipre, onde esteve seis meses, até novo retorno ao Brasil, para defender a camisola do Madureira no Campeonato Carioca.

Presentemente está sem clube, mas oficialmente ainda não terminou a carreira e digo eu que teria lugar no Trofense.

Durante a sua carreira Emerson venceu dois campeonatos de Portugal e duas Supertaças ao serviço do FC Porto, uma Supertaça de Espanha e a Taça do Rei no Deportivo.

Tanto talento desperdiçado


Ao ler no «Maisfutebol» que o antigo jogador do FC Porto, Carlos Alberto rescindiu o contrato que o ligava ao Botafogo, alegando salários em atraso, recordei um dos jogadores mais talentosos que tive oportunidade de ver jogar.

Depois de ter sido Campeão da Europa com os portistas em 2004, a SAD resolveu recambia-lo para o Brasil, numa atitude que me deixou estupefacto. Além de ter feito um dos golos da final de Gelsenkirchen, Carlos Alberto era jovem, tinha muita qualidade, podia jogar como médio ofensivo, ou nas costas do ponta-de-lança, a margem de progressão era enorme, mas tinha uma cabeça minúscula.

Não duvido que o jogador tenha razão em reclamar os salários em atraso, mas para quem tem tanta qualidade, não necessitava de estar nessa situação. Bastava ter um pouco mais de cabeça para estar a encantar a Europa do futebol, porque o seu passe pertence ao Werder Bremen da Alemanha.

Mas por lá, ninguém o quer ver, devido aos constantes problemas disciplinares, que acabaram por resultar na sua saída para o Brasil. Isto, além de ser considerado como maior flop de sempre no emblema bávaro.

Custa ver tanto talento ser desperdiçado!

Desculpem qualquer coisinha!


Afinal Bruno Paixão esteve em bom plano no Sporting-FC Porto do último Domingo a contar para a Taça de Portugal.

Pelo menos foi a essa a avaliação que os jornais revelam ter sido feita pelo observador Albano Fialho (na foto), que em entrevista à RTP não nega ter dado a referida nota, revelando-se ainda de "consciência tranquila".

Ou seja, não ficaram por marcar pelo menos quatro grandes penalidades em Alvalade, não foram mostrados uma série de cartões que não se aplicavam, nem ficaram outros no bolso quando deveriam ter saído - sobretudo vermelhos -, não houve dualidade de critérios em lances semelhantes, enfim Bruno Paixão fez um bom trabalho.

Então, mas se o juiz de Setúbal esteve assim tão bem, porque ficou fora dos «convocados» para a próxima ronda da Liga? Pode a arbitragem portuguesa dar-se ao luxo de excluir um árbitro com semelhante capacidade?

E o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Carlos Esteves, que, em declarações ao Maisfutebol, diz que se a avaliação foi positiva, conforme foi divulgada pela imprensa, "é porque a arbitragem não foi tão má como dizem", acrescentando que "o observador tem razão para dar a nota que deu, porque afinal o árbitro não esteve tão mal como se diz". Mas este senhor por acaso viu o jogo?

Porém, a melhor tirada de Carlos Esteves é esta: "O técnico de arbitragem é que sabe e conhece, vocês [jornalistas] não." Mas, estaremos todos cegos?

Com toda a defesa e branqueamento, que a actuação de Bruno Paixão, em Alvalade, está a merecer por parte daqueles, que mais deviam zelar pelo bom funcionamento da arbitragem em Portugal, fico com ideia que de facto tudo está bem, quando acaba bem.

Desculpe lá qualquer coisinha!


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Este nem tivemos tempo de ver


O jovem jogador do Rio Ave de apenas 16 anos, Alípio (de quem já aqui escrevi) já é jogador Real Madrid, onde deverá alinha pela equipa B. O negócio terá rendido ao Rio Ave cerca de 600 mil euros, nada mau para quem não gastou nem um cêntimo, uma vez que Alípio estava cedido pela escolinha de futebol «Dois Toques».

É mais uma promessa que se vai do futebol português antes que nós, os adeptos, o consigamos sequer ver. «A Marca» diz que o Real contratou o novo Cristiano Ronaldo, talvez seja exagero e uma expectativa demasiado pesada para quem ainda é Juvenil, mas também não estou a ver os blancos a gastar tanto dinheiro, se o negócio não valesse a pena.

A Paixão de Bruno


Bruno Paixão é o homem de quem se fala nos últimos dias. Tudo por causa da vergonhosa a arbitragem que fez no último Sporting-FC Porto para a Taça de Portugal.

Estou em crer que grande maioria dos árbitros em Portugal não é de facto corrupta, simplesmente é (e muito) incompetente para exercer a função. De tal forma que quando ouço dizer que o grande mal do futebol português é não ter um ponta-de-lança, penso precisamente que o mal é mesmo não ter um único árbitro de categoria.

Bruno Paixão é um desses homens e a actuação de Domingo prova-o, mas não foi nenhum exclusivo, uma vez que toda a carreira deste árbitro tem sido pautada por actuações vergonhosas.

No Domingo vimos um fartote de disparates, prejudicando as duas equipas, deixando penaltis por marcar, cartões (alguns vermelhos) que ficaram no bolso, outros saíram de forma incompreensível, faltas marcadas ao contrário, enfim, o juiz não acertou uma que fosse.

No dia 8 de Novembro, em declarações à TSF, Bruno Paixão prometeu, pelo seu trabalho e dos seus colegas, "muito rigor, empenho, disciplina e concentração", com vista a conseguir, juntamente com as duas equipas, proporcionar "um bom espectáculo".

Ou seja, tudo aquilo que não conseguiu fazer durante um minuto que fosse, dos 120 que se jogaram em Alvalade. A incompetência é tanta que a certa altura do jogo dei comigo a pensar: Este tipo só pode estar a brincar!

Isto porque e friso de novo, não prejudicou mais uma equipa que a outra, a asneira foi completa e por isso, até parece que a verdadeira Paixão do árbitro, é irritar-nos e mostrar quão incompetente consegue ser quando quer.

É caso para dizer: Senhores (do Conselho de Arbitragem da Liga) perdoem-lhe, ele não sabe mesmo o que faz, mas não se esqueçam de lhe dar já a reforma!

Hulkmania


Não pensem os leitores que a ausência dos últimos três dias se ficou a dever a uma reformulação deste espaço, uma vez que o título deste texto, pode levar a alguma confusão com o «wrestler» americano Hulk Hogan. Não, o blogue não vai trocar as quatro linhas pelo ringue de luta livre.

Na verdade o título refere-se ao avançado brasileiro do FC Porto. Hulk, que na partida do último Domingo, diante do Sporting, nos brindou a todos com uma boa exibição, culminada com um golo espectacular.

Na verdade tudo em Hulk é exagerado, desde a composição física, à facilidade e potência de remate, passando pela velocidade. Mas não podemos esquecer aspectos menos positivos do seu jogo, dos quais destaco a não interpretação do sentido colectivo do futebol e a (irritante) mania de cair ao mais pequeno toque, ou até quando ele não existe, como aconteceu em Alvalade, acabando por lhe valer a expulsão.

Mas ao fim destes meses em Portugal, confesso que sou já um admirador do futebol do brasileiro. Quando é suplente, a sua entrada acaba sempre por mexer com o jogo, mas no último Domingo, aproveitou bem a oportunidade dada por Jesualdo Ferreira, que decidiu inclui-lo no onze inicial.

Hulk foi o melhor jogador do FC Porto em campo (excluindo Helton), criou quase sozinho as melhores oportunidades de golo dos «dragões», pressionou sempre muito alto, mostrando que neste capítulo, pode funcionar muito bem com Lisandro, sobretudo se o argentino não for desviado para a direita, como aconteceu em Alvalade.

Tem muito que crescer e aprender, mas para isso necessita da ajuda de um treinador, que lhe saiba limar as arestas e não creio que Jesualdo seja o homem ideal para o fazer. Não o conseguiu com Quaresma em duas épocas e não vejo modo de o conseguir com Hulk, porque simplesmente já não terá grande paciência para ensinar os seus jogadores.

Hulk é neste momento um bom jogador, mas pode tornar-se num dos melhores futebolistas que Portugal já viu, porque tem qualidades raras, é ainda jovem e está num clube que lhe pode dar o que lhe falta.

Por outro lado, pode acontecer-lhe o mesmo que já vimos com outro futebolista do FC Porto. Falo de Mário Jardel, que em Portugal foi seguramente o melhor marcador de golos que vi jogar, porém, não conseguiu brilhar fora do nosso país.

Certo é que Hulk começa a conquistar o coração dos adeptos, que ameaçam formar no Dragão uma verdadeira Hulkmania, porque há coisas no brasileiro que podemos criticar, mas que é daqueles que deixa tudo o que tem no campo, isso parece inquestionável.