Os ucranianos do Shakhtar Donetsk conquistaram ontem aquela que ficará na história como a última final da Taça UEFA - para o ano chamar-se-à Liga Europa -, ao baterem os alemães do Werder Bremen por 2-1 após prolongamento.
Num jogo chato e que pouco dignificou uma competição que nos dava o seu último adeus e cuja história foi marcada por confrontos decisivos bastante disputados, os homens de Leste acabaram por fazer valer a sua armada brasileira para conquistarem o ceptro. Curiosamente, os alemães ficaram a lamentar a perda do também brasileiro Diego, verdadeiro motor e desequilibrador de uma equipa que, sem ele, é pouco mais do que banal.
Com esta conquista, o Shakhtar Donetsk elevou para três o número de troféus europeus que rumaram a Leste nas últimas cinco temporadas - sem contar com a Supertaça Europeia conquistada pelo Zennit no início desta temporada -, o que denota um crescimento do poderio económico das equipas desta região da Europa nos últimos anos. Apesar do mérito que sempre deve ser atribuído aos campeões e que não quero aqui retirar, estou convencido que tal facto só foi possível devido ao desinteresse que a Taça UEFA tem motivado nos últimos anos, sobretudo a partir da altura em que os principais campeonatos do Velho Continente começaram a coloca 3 e 4 equipas na Liga dos Campeões.
Ao elaborarem a maior competição de clubes do mundo, os responsáveis pela UEFA acabaram por matar a sua segunda competição, afastando dela as principais equipas com o respectivo impacto financeiro que tal facto acarreta.
Agora vem aí a Liga Europa que, estou convencido, será mais do mesmo e constituirá apenas um entretimentos, enquanto os senhores que mandam no futebol europeu procuram gizar uma forma de arrancar nos próximos 5/10 anos com a famosa Liga Europeia de clubes.
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