terça-feira, 26 de maio de 2009

O maior erro de gestão de Pinto da Costa


Idolatrado pelos seus adeptos e odiado pelos dos adversários, Pinto da Costa é tido como o melhor e maior líder que o futebol nacional já conheceu. Os elogios à forma como tornou um clube regional num símbolo da cidade e do desporto nacional saem às carradas sempre que, em campo, a equipa do FC Porto conquista um título.

Porém, Pinto da Costa também falha e tem o estranho hábito de o fazer sempre em grande estilo. Todos nos lembramos do caso Del Neri e mais recentemente dos acontecimentos ligados ao Apito Final, onde apesar de até ter vencido na UEFA, o FC Porto não recorreu e Pinto da Costa terá que morrer a ouvir os adversário chamarem-lhe corrupto e, ainda por cima, assumido.

O último erro crasso tem o tamanho de 24.5 milhões de euros e chama-se Diego. A transferência de Diego do Werder Bremen para a Juventus foi hoje oficializada e vai render dividendos ao FC Porto, porém, se não fosse a sua absurda venda para Alemanha, além de provavelmente a equipa portista ter sido (ainda) mais forte nos últimos anos, o montante a entrar no Dragão seria incomparavelmente maior.

A pequena compensação que o FC Porto vai receber, chega ao abrigo do «Mecanismo de Solidariedade» da FIFA, que se aplica em todas as transferências de jogadores com estatuto profissional, sendo o FC Porto ressarcido em 0,5 por cento do valor da transferência por cada ano em que Diego representou o clube. Ou seja, como o brasileiro passou duas épocas no Dragão, os azuis e brancos terão direito a 245 mil euros.

Porém, ao contrário do que se possa pensar esta não é uma boa notícia para o FC Porto porque, Diego chegou ao Dragão a troco de 7 milhões de euros, verba considerada pequena devido às credenciais que o atleta trazia do Brasil. Esperava-se que se assumisse como grande figura e condutor de jogo da equipa, porém, não foi mais feliz no seu primeiro ano em Portugal porque, esse foi um ano atípico no Dragão, tendo a equipa tido 3 técnicos. No ano seguinte com a chegada de Co Adriaanse ao clube, Diego começou a perder espaço e fez apenas metade dos jogos, muitos deles como suplente utilizado. O holandês não gostava do médio, mas mesmo assim foi campeão, o que levou à permanência do treinador - ainda que por poucos meses - e à saída de um talento puro. A transferência para a Alemanha custou ao Werder Bremem 6 milhões de euros, ficando o FC Porto com um prejuízo de 1 milhão, que agora é abatido pelos 300 mil euros que o clube irá receber após a mudança de Diego para a Juventus.

Pinto da Costa cometeu com Diego o maior erro da sua longa gestão, caso que prova que o presidente portista também mete as suas «argoladas», fá-lo é menos vezes que os outros.

3 comentários:

Nuno Silva disse...

Ao primeiro olhar a tua análise está correcta, no entanto, vendo o que depois se passou no clube vemos que não foi assim tão mau.

Se Diego tivesse permanecido no Dragão com certeza não tería vindo o Anderson.. logo tería-se perdido esse negócio. Esse sim sabemos que foi um bom negócio, porque foi concretizado.

Se o Diego ficasse no Porto não sabemos o que tería acontecido. Nomeadamente se podería ter a exposição que teve no Bremen e consequente transferência milionária...

É tudo muito relativo.

Para mim... o principal erro da gestão de PC é o despedimento do Del Neri a troco de acalmar caprichos de alguns jogadores, recém campeões europeus.

JFC disse...

o Anderson ja ca estava quando o Diego foi despachado.

Nuno Silva disse...

eu não disse o contrário.. no entanto não estás a imaginar os 2 craques na mesma equipa ou estás!?

na altura o Anderson não era um médio defensivo ... era um 10 ou por vezes extremo esquerdo.