sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A razão de Lisandro


O Relatório e Contas Consolidado da FC Porto Futebol SAD para 2007/08, aprovado ontem em Assembleia Geral coloca a nu, aquilo que considero um verdadeiro escândalo.

Segundo as contas, os administradores receberam no último ano mais de 2 milhões de euros, entre ordenados e variáveis por objectivos. Só Pinto da Costa, que pelo facto de ser o presidente do Conselho de Administração recebe o dobro dos outros membros, embolsou mais de 910 mil euros no último ano. Traduzindo por salários, o presidente do FC Porto, recebeu no último ano 75.887 euros por mês.

Ora se o presidente, que embora seja parte integrante e fundamental naquilo que é o sucesso do FC Porto, pode ganhar mais de 15 mil contos na moeda antiga, por mês, porque não pode Lisandro Lopez ser aumentado?

O argentino é dos poucos futebolistas de classe mundial a actuar em Portugal, é pedra fundamental na equipa de Jesualdo Ferreira, aliando a capacidade técnica e goleadora a uma tremenda entrega ao jogo. Se isto não é suficiente para ser o mais bem pago do plantel - sim mais do que Rodriguez, que nunca deu nada ao clube e mais do que o próprio Lucho -então, de facto, algo vai muito mal no reino do Dragão e Pinto da Costa não pode fugir à responsabilidade, caso o jogador entenda abandonar o clube.

A ser verdade que o avançado está hesitante em renovar, tem toda a razão para o fazer, ainda mais agora, depois de saber que até o presidente do clube deve ganhar pouco menos que ele.

14 anos depois D10S regressa à Terra


Para aqueles que têm fé - e eu tenho - a última aparição de D10S na Terra foi há 14 anos, no Mundial dos Estados Unidos, em 1994. Com a sua aura encantou todos os que tiveram o privilégio de assistir ao encontro com a Nigéria, apontando o seu último grande golo, na transformação de um livre esplendoroso.

Agora está de volta, 14 anos tiveram que esperam os seus fieis para o voltar a ver. Regressa de novo na sua Argentina, porém a fé dos seus seguidores, outrora inabalável, já não é a mesma. Ninguém acredita que seja capaz de guiar novamente a Argentina ao título Mundial, como o fez em 1986.

Como já aqui escrevi não me parece que Maradona tenha o perfil ideal para comandar a selecção argentina, mas também não acredito que vá ser um seleccionador/treinador. Acredito que vá escolher os nomes e que a intenção da Federação seja aproveitar o mito de D10s, para inspirar os jogadores. Quanto ao trabalho de campo, esse ficará entregue ao restante elenco que vai acompanhar Maradona.

Mas, e se a Argentina chega de novo ao título mundial em 2010, com Maradona na selecção, a que dimensão será elevado el D10s?

O Diabo do castigo

O adepto do Benfica que agrediu José Ramalho, um dos auxiliares do árbitro Jorge de Sousa, no decorrer do clássico com o FC Porto, está proibido de entrar em estádios de futebol durante um período mínimo de um ano, tendo sido ainda condenado a uma pena de prisão pelo crime de ofensas à integridade física qualificada, que será substituída por dias de multa. Carlos Bernardo Santos, ou o diabo da Luz como ficou conhecido, terá ainda de pagar uma coima.

Não que seja uma surpresa esta sentença do Tribunal da Pequena Instância Criminal de Lisboa, mas comparada ao castigo que o Benfica sofreu - 1500 euros de multa - parece uma anedota. Continuo a defender que o Estádio da Luz deveria ter sido interdito, ou em alternativa, um castigo de 3/4 jogos à porta fechada, até para prevenir eventuais casos futuros, teria sido uma medida mais ajustada. E convém não esquecer que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, terá ido no final do encontro ao balneário do árbitro, alegadamente para pedir desculpa. O acto em sim é nobre, mas não estava o dirigente encarnado castigado pela Comissão Disciplinar da Liga?

Voltando ao «diabo», a pena terá sido algo exagerada, até porque segundo se viu nas imagens televisivas e não sendo médico, não me parece que a situação fosse suficiente para provocar as lesões que o árbitro diz ter sofrido, até porque fez o jogo até ao final.

Uma coisa porém, parece certa, Carlos Bernardo Santos errou, mas fez aquilo que muitos de nós já pensamos fazer...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

É por coisas destas que gosto de futebol


Este é daqueles casos em que a imagem vale mais do que 1000 palavras. O génio de Berbatov andou à solta, ontem, em Machester.

Beckham superstar


O Milan oficializou hoje a contratação do inglês David Beckham por empréstimo do Los Angeles Galaxy. O acordo é válido a partir de dia 7 de Janeiro, altura em que reabre o mercado de transferências. Aos 33 anos, o «Spice Boy» jogará por mais um grande clube e num campeonato diferente.

Porém, o inglês apenas provou saber jogar futebol no Manchester. Não sou, nem nunca fui admirador das qualidades do médio-ala e os únicos méritos que lhe reconheço são a forma, quase sempre, indefensável como aponta os livres e os centros milimétricos que saem do seu pé direito. Mas há muito que tomou a opção de se tornar uma estrela mediática, em vez de se dedicar ao futebol. Beckham não ficará na história do desporto rei, pelas suas qualidades como futebolista e quando daqui a muitos anos alguém se lembrar dele será sempre como uma Superstar, que por acaso também dava uns pontapés na bola.

Contudo, como elemento de marketing, o inglês alcançou patamares onde nenhum outro jogador conseguiu chegar e só deste ponto de vista entendo esta contratação do AC Milan. Em tempos de crise, o inglês pode muito bem ser uma fonte de receitas importante para o emblema italiano, duvido é que venha a ter preponderância dentro da equipa de Carlo Anceloti.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Só a ajuda divina pode salvar o FC Porto

Duas derrotas seguidas em casa, exibições sofríveis desde o início da temporada e uma goleada em Londres fizeram estalar uma crise no FC Porto. Não adianta negar o óbvio e sendo verdade que todos os clubes do Mundo, gostavam de ter as crises do FC Porto, a realidade é que o clima não anda nada bom no reino do Dragão.

Muitos apontam o dedo a Jesualdo Ferreira, questionando as suas opções, outros atiram-se aos jogadores, mas para mim a explicação é outra e será necessário recuarmos uns anos para a compreendermos.

"Quando da primeira vez saí do FC Porto, o Pinto da Costa costumava dizer que não negociava com empresários, que tratava de tudo directamente com os jogadores. Depois, quando me contrataram como treinador principal, verifiquei que os empresários tinham aberto tenda nos corredores das Antas, movimentavam-se a seu bel-prazer dentro das instalações do clube, a toda a hora e a todo o instante, como se estivessem em casa. O Pinto da Costa não só passou a negociar com empresários como também passou a almoçar e a jantar com eles. Algo que antes era impensável. Os empresários, desde o Araújo até ao Jorge Mendes, passando pelo Rui Neno, não tinham qualquer tipo de restrições no acesso tanto aos dirigentes como aos jogadores do FC Porto. Quando regressei às Antas, o Reinaldo Teles disse-me explicitamente que eu não tinha sido contratado apenas para pôr a equipa a jogar futebol, mas também para acabar com a influência do Adelino Caldeira e do Jorge Mendes junto do presidente." As palavras são do ex-treinador do FC Porto, Octávio Machado, e estão escritas no seu livro «Vocês sabem do que estou a falar». Umas linhas mais adiante Octávio conta que Pinto da Costa lhe teria dito que Jorge Mendes tinha "19 jogadores no plantel".

A equipa do FC Porto era na época constituída pelos seguintes jogadores: Guarda-redes - José Eduardo, Paulo Santos, Pedro Espinha, Sergei Ovchinnikov e Vítor Baía; Defesas - Secretário, Sousa, Nélson, Ricardo Costa, Jorge Costa, Rubens Júnior, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Hugo Ibarra, Mário Silva e Ricardo Silva; Médios - Quintana, Joca, Pedro Oliveira, Deco, Peixe, Pedro Nuno, Paredes, Costinha, Miran Pavlin, Soderstrom, Alenichev e Paulinho Santos; Avançados - Rafael, Paulo Costa, Ivan Kaviedes, Pena, Esnaider, Capucho, Cândido Costa, Clayton, Hélder Postiga e Benni McCarthy.

Basta olhar para os nomes para se perceber algumas semelhanças com a actual equipa dos Dragões. Relembro que a culpa do FC Porto ter ficado com este plantel, é segundo Octávio Machado, e começa a ser minha convicção também, da influência dos empresários junto do presidente Pinto da Costa.

Octávio acabou por nem chegar ao final da temporada, sendo mais uma vítima de toda esta trapalhada, sendo substituído por José Mourinho. Se recordarmos o que fez Mourinho na época seguinte, facilmente se constata a limpeza levada a cabo pelo técnico português. Ou seja, Mourinho conseguiu aquilo que Reinaldo Teles tinha pedido a Octávio: acabar com a influência dos empresários no FC Porto.

Seis anos depois, olhando para o que têm sido as contratações de qualidade mais do que duvidosa do clube, fica toda a ideia que a influência dos empresários junto do FC Porto, do seu presidente e da administração da SAD, voltou mais forte do que nunca.

O que nos leva à questão: Jesualdo Ferreira terá capacidade para afastar essa influência? A resposta é claramente, não.

Assim sendo, só avisto em Portugal um treinador capaz de o conseguir, por aquilo que é a sua postura e, porque não, pelas semelhanças com José Mourinho. Falo claro de Jorge Jesus, treinador do Sporting de Braga e por esta altura já os leitores perceberam o porquê do título: Só a ajuda divina pode salvar o FC Porto.

Ninguém passa nos Arcos


O Rio Ave qualificou-se hoje para a terceira fase da Taça da Liga, ao receber e derrotar o Sp. Braga por 1-0, graças a um golo do avançado brasileiro Ronaldo, logo aos 13 minutos.

A formação comandada por João Eusébio manteve assim a invencibilidade no seu reduto, depois de por lá terem passado Benfica e FC Porto e dias antes de nova recepção a outro grande, neste caso o Sporting.

Os vila-condenses aproveitaram o facto de Jorge Jesus ter introduzido dez alterações face ao onze que apresentou diante do Estrela e conseguiram um resultado moralizador, para a próxima ronda da Liga.

Parece que os homens de Vila do Conde vão fazer dos jogos no seu reduto, o modo de sustentar uma temporada. A verdade é que o Rio Ave tem apresentado um comportamento diferente nos jogos em casa e apesar dos bons resultados, João Eusébio tem motivos para estar preocupado, uma vez que ganhar, ou pontuar, só no Estádio dos Arcos, pode não chegar para a manutenção.

Certo é que ainda ninguém encontrou soluções para vencer em Vila do Conde, o que me leva a pensar, que se a equipa conseguisse igual rendimento na situação de visitante, os seus adeptos e associados certamente não passavam por tanto sofrimento.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Goleada explicada?


O presidente do Estrela da Amadora admitiu hoje a existência de salários em atraso no clube, sendo que os atletas ainda não receberam nenhum salário esta época e há casos que já não viam «a cor do papel» desde o mês de Maio, conforme adianta o Maisfutebol.

António Oliveira tece elogios ao plantel e acredita que as dificuldades financeiras não vão ter reflexos no campo desportivo, deixando uma frase que retive, quando questionado sobre a interferência que este assunto pode ter no rendimento da equipa: "Não tenho dúvidas que não vai ter interferência. Eles são grandes profissionais e sabem que isto, mais dia menos dia, vai ser resolvido. Tenho um dos melhores grupos e só por isso é que esta situação não tem saído cá para fora".

Era escusado, porque só merece uma resposta: se tudo o que diz é verdade, arranje dinheiro e pague ao grupo de trabalho, ou então desista e feche as portas, porque vergonha é não cumprir com os seus profissionais.

Quero acreditar no que diz o presidente do Estrela, mas se calhar, está aqui a explicação para a goleada e para a apatia da equipa em Braga.

Shakhtar contrata ex-árbitro


O Shakhtar Donetsk garantiu a contratação de um reforço de peso, para a sua afirmação no plano internacional. A equipa ucraniana decidiu contratar um ex-árbitro! Leram bem foi mesmo um ex-árbitro.

Trata-se do eslovaco Lubos Michel, que colocou recentemente um ponto final na sua carreira na arbitragem. O antigo juiz vai ficar responsável pelo departamento de competições internacionais do Shakhtar Donetsk.

Não tenho nada que me mova contra Lubos Michel, mas não me parece bem que um ex-árbitro venha colaborar com uma equipa. Desde logo se levantam suspeitas quanto à actuação do juiz em partidas do emblema ucraniano.

Será interessante ver o que pensam a UEFA e a FIFA sobre este caso, que julgo ser inédito.

A homenagem ridícula



O Tribunal da Relação de Lisboa entendeu que o Sporting deve homenagear o seu ex-jogador, e porque não símbolo leonino, Ivaylo Iordanov, confirmando assim a sentença decretada anteriormente pelo Tribunal do Trabalho, sendo que o clube ainda pode recorrer para o Supremo, mas um eventual recurso não tem efeitos suspensivos.

Com esta decisão e durante os próximos dez dias o Sporting terá de apresentar ao ex-jogador uma proposta para o jogo de homenagem.

Defendo que como jogador importante que foi para o Sporting, Iordanov teria o direito a ser homenageado pelo clube, e ainda mais, depois de haver no contrato uma cláusula que garantia essa mesma homenagem.

No entanto, tenho muitas dúvidas que se não houvesse dinheiro à mistura, o jogador búlgaro insistisse tanto na dita cerimónia.

Ainda por cima, o acto vai decorrer alguns anos após o seu abandono dos relvados e depois de uma batalha judicial. Certamente que este cenário não agradou aos sportinguistas e não estou a vê-los a encher Alvalade, para baterem palmas a um jogador, que muitos não viram, ou não se lembram de ver jogar.

Deste modo seria preferível um outro tipo de acordo, que evitaria que o clube, mas sobretudo Iordanov, caísse no ridículo, sujeitando-se a ser homenageado pelas moscas de Alvalade.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Começa a parecer estratégia

A saída dos jogadores do FC Porto, do Estádio do Dragão, após a derrota diante do Leixões, no passado sábado, não foi nada pacífica. Ao que parece, alguns adeptos dos tricampeão nacional concentraram-se junto à garagem de onde deveriam sair os atletas e terão insultado os jogadores.

Segundo rezam as crónicas, houve mesmo tentativas de agressão a alguns elementos do plantel, entre os quais Cristian Rodriguez, que teve uma discussão acalorada com um dos adeptos, que alegadamente lhe terá partido o vidro do carro, onde se encontrava a família do uruguaio.

Um incidente em tudo a fazer lembrar aquele que em 2005/06 envolveu o então treinador do FC Porto, Co Adriaanse. O holandês foi atacado no Olival e viu o seu automóvel vandalizado por um grupo de adeptos, a soco e a pontapé, quando o treinador abandonava o centro de treinos para regressar a casa, depois de um jogo diante do Rio Ave, que havia terminado empatado. O pior é que Adriaanse estava no interior do veiculo e só por sorte não sofreu qualquer ferimento grave, uma vez que a viatura ficou bastante danificada e quase sem vidros.

Dois anos e meio depois a história volta a repetir-se, só que desta feita em pleno Dragão, onde abundam seguranças, que pelos vistos foram (ou quiseram ser) incapazes de afastar os adeptos.

A direcção da SAD azul e branca tinha obrigação de prevenir e proteger os seus atletas, porque não me parece, que ninguém se tenha apercebido em tempo útil, que os adeptos preparavam uma «esperinha», mas também não o conseguiu fazer. Ou não o quis fazer; ou foi incompetente.

A verdade é que os dois casos apresentam semelhanças preocupantes e a SAD portista ainda não prestou qualquer esclarecimento - são precisamente 0:51 de 28 de Outubro e ainda não há uma reacção oficial - o que faz levantar as suspeitas, que este tipo de incidentes faz parte de uma estratégia, com a concordância dos responsáveis do FC Porto, para em momentos de crise, darem um abanão nas hostes.

Um avançado para os grandes


Este início de temporada está a confirmar o talento de um avançado brasileiro, que surgiu na última temporada no futebol português.

Falo de Marcelinho da Naval 1º de Maio e depois de ter feito o golo no Estádio da Luz, que deixou Quique Flores a fazer contas à vida, penso que é merecido falar neste avançado.

No ano passado, Marcelinho apontou dez golos na Liga e cinco na Taça de Portugal e esta época leva quatro tentos (dois no campeonato e um em cada Taça), em oito jogos. Ou seja, uma média de um golo a cada dois jogos.

O feito ganha maior relevo se pensarmos que Marcelinho actua num dos clubes de menor dimensão da Liga portuguesa e que tem um dos orçamentos mais reduzidos.

Além da frieza em frente à baliza - ainda estou para perceber como falhou aquele golo quando só tinha Quim pela frente - o jogador navalista é bastante rápido, joga bem de cabeça, sabe soltar a bola e tabelar com os companheiros.

Aos 24 anos está a atravessar o melhor período da carreira, depois de passagens pelo Aalborg, da Dinamarca, do Orgryte, da Suécia e do Avaí, do Brasil e não me admira que venha a ser recrutado por um clube de maior nomeada, concretamente um Braga ou um Guimarães.

Contudo, olhando bem para as linhas da frente dos três grandes, talvez haja nos maiores clubes nacionais espaço para o brasileiro. Afinal cabem lá Farías, Tiuí e Mantorras...

Ainda há dúvidas?


Cristiano Ronaldo venceu hoje o prémio da FIFPro para o melhor jogador do Mundo na temporada transacta. O português sucede a KaKá e ganha o reconhecimento dos colegas de profissão, uma vez que a distinção é atribuída através dos votos de mais de 57 mil jogadores.

Ao extremo do Manchester e da Selecção Nacional fica agora a faltar a Bola de Ouro e o troféu FIFA World Player, mas depois de ter marcado 42 golos ao serviço do emblema inglês na época passada e de ter conquistado a Liga dos Campeões, bem como o título de campeão de Inglaterra, parece não haver muitas dúvidas sobre quem foi o melhor do Mundo em 2007/08.

Bem-vindo Braga


À sexta jornada da Liga o Sporting de Braga deu finalmente um ar da sua graça e conseguiu transportar para dentro de portas, o sucesso que vai tendo na Europa.

Uma vitória folgada (5-0) diante do (ainda assim) surpreendente Estrela da Amadora, catapultou a equipa de Jorge Jesus para o oitavo posto, a cinco pontos da frente. Mas o melhor foi mesmo ver uma equipa que só pensa em atacar, que cria muitas oportunidades, acrescentar a tudo isto os rasgos da inspiração individual dos jogadores, que formam para mim o melhor plantel da Liga, tendo a acompanhar um dos melhores treinadores que o futebol português já viu.

Como já escrevi num post anterior, este é o campeonato dos pequeninos, mas este Sp. Braga não faz parte deste lote e hoje provou que é grande.

A diferença pontual para FC Porto (três pontos), Benfica e Sporting (quatro) é perfeitamente recuperável e pensar numa presença na próxima edição da Liga dos Campeões, ou porque não, até no título nacional parece ser cada vez mais um objectivo possível de concretizar.

No Minho já morava uma boa equipa, mas Jorge Jesus pode fazer dela grande através da sua astucia ao estudar os adversários, complementando esta capacidade com uma compreensão e análise dos momentos do jogo quase perfeita.

Por isso: sê bem-vindo a este campeonato Sporting de Braga!

E agora?


Carlos Queiroz esteve hoje no Estádio da Luz a assistir à partida entre o Benfica e a Naval 1º de Maio, sentado ao lado de Luis Filipe Vieria.

Estou para ver o que vai a imprensa desportiva escrever amanhã - e aguardo ainda as repercussões na blogoesfera - depois de ter feito um carnaval, quando esta semana o seleccionador nacional esteve no Dragão ao lado de Pinto da Costa.

Não me digam que agora Queiroz está a ser servil ao Benfica!

Deixem o homem trabalhar. Em pouco tempo Queiroz já sofreu mais ataques que Scolari em 6 anos, o pior é que nem metade das asneiras fez.

O princípio do fim


O Chelsea de Scolari perdeu em casa diante do Liverpool por uma bola a zero e deixou fugir os «reds» na liderança da Liga Inglesa. A piorar este cenário o técnico brasileiro não foi capaz de segurar um recorde que começou com Ranieri, ganhou dimensão com Mourinho e continuou com Avram Grant. Falo dos quatro anos e oito meses que os «blues» estiveram sem perder em casa.

Como sabem os leitores nunca fui um grande fã de Scolari, mas também não lhe desejo mal algum, simplesmente nunca acreditei que tivesse capacidade para vingar em Inglaterra. O brasileiro é tacticamente mau e a ler o jogo ainda é piorar, não sabe mexer nas equipas e toma muitas vezes opções que não se compreendem. A única coisa que aprecio em Scolari é a capacidade que tem de unir um grupo à sua volta e de o motivar, mas julgo que isso não chega para a alta roda do futebol mundial e acredito que a derrota deste fim-de-semana foi só o princípio do fim de Scolari no Chelsea.


domingo, 26 de outubro de 2008

A Liga dos pequeninos


Após os encontros das provas europeias a meio a semana, ao olhar para o calendário da Liga, pensei cá para mim: Cheira-me que nenhum dos grandes vai ganhar nesta jornada!

A verdade é que errei por muito pouco e se Cardozo não tem feito aquele golo diante da Naval, a quatro minutos do final da partida tinha acertado no alvo, porque o Sporting também não foi capaz de fazer melhor do que empatar em Paços de Ferreira.

Não sou - nem quero ser - o novo Bruxo de Fafe e não tenho qualquer capacidade paranormal, mas estou convencido que FC Porto, Sporting e Benfica vão perder muitos pontos esta temporada e que vamos assistir a um campeonato semelhante ao da temporada 2004/05, quando o Benfica conquistou o seu último título.

Os efeitos estão aí e olhando para a tabela temos na liderança Leixões e Nacional da Madeira, quando estão decorridas seis jornadas, aos quais se pode juntar o Estrela da Amadora, caso vença amanhã o Sporting de Braga. Sinceramente não me lembro de um campeonato em que à sexta ronda um grande não estivesse na frente e por isso digo que esta é a Liga dos pequeninos.

Mas ainda bem que assim é. Talvez o campeonato não tenho melhorado de qualidade, talvez esteja nivelado por baixo, mas que está a ser agradável de ver as prestações das equipas de alguns dos mais pequenos clubes da Liga, isso ninguém pode negar.

À semelhança do que aconteceu em 2004/05 o Benfica volta a conseguir aproveitar o menor rendimento dos adversários, teoricamente mais candidatos ao título, nomeadamente o FC Porto, e parece seguir no bom caminho para repetir a conquista.

Nesta altura não aposto num favorito, mas parece que a equipa de Quique Flores - a única sem derrotas na Liga - está em vantagem, embora esteja ainda a trabalhar no sentido de construir uma equipa.



15 minutos bastaram


Antes de mais devo dizer que só tive oportunidade de ver os primeiros 15 minutos do desafio entre o FC Porto e o Leixões.

No entanto, considero que foi tempo para perceber que ia ser tudo menos um encontro fácil para os tricampeões nacionais e disse mesmo a quem estava comigo, que dificilmente o FC Porto iria ganhar a partida. Tal como eu vaticinara não ganhou mesmo, mas também não entendo que a tenha perdido, porque depois de ver alguns resumos e de ler o que dizem os jornais de hoje, fico com a certeza de que foi o Leixões que venceu o jogo. E por isso, este post é sobre a vitória dos matosinhenses e não sobre a derrota do FC Porto.

Foi um Leixões afoito com grande personalidade e capacidade de sofrimento aquele que surgiu no Dragão, o que merece o nosso aplauso e os parabéns para José Mota, que se afirma casa vez mais como um dos melhores treinadores do futebol nacional.

Aproveitando sempre e bem as fragilidades defensivas de Lino, o Leixões optava pelo lado esquerdo na hora de montar o assalto à baliza de Nuno, o que foi determinante no segundo golo marcado por Braga, que se começa a destacar como uma das figuras da Liga.

Mas antes, já o Leixões havia inaugurado o marcador na sequência de um canto em que Lino falha claramente a marcação. Apanhou-se a ganhar cedo marcando na primeira vez que foi à baliza, o que só serviu para deixar o adversário mais intranquilo.

Os leixonenses não atacavam muito, mas quando o faziam criavam quase sempre perigo e jogaram para os três pontos mesmo depois dos portistas terem conseguido igualar .

Seguros atrás, os jogadores de José Mota aproveitaram da melhor maneira o balanceamento ofensivo do FC Porto e conquistaram com todo o mérito uma vitória, que vale uma liderança inédita na Liga e que até podia ter sido maior, caso o árbitro não tivesse anulado um golo legal aos matosinhenses.

sábado, 25 de outubro de 2008

Vuk sem espaço no Sporting


A última grande «novela» do futebol português começa finalmente a caminhar para o seu epílogo. Falo naturalmente do chamado «Caso Vukcevic». Depois de ter manifestado a sua insatisfação por não ser titular; de ter dito claramente que quer abandonar o Sporting; de ter ficado com gripe após uma chamada para representar a selecção de Montenegro, motivando um atraso no regresso a Alvalade, é agora Paulo Bento que parece ter perdido a paciência e arrasou o jogador, na conferência de imprensa de antevisão do encontro com o Paços de Ferreira.

O técnico acusa Vukcevic de trabalhar pouco e de não ter vontade de jogar pelo Sporting, pese embora os esforços da própria equipa técnica e do plantel. "Em relação ao Simon, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para o recuperar, tanto fisicamente, tanto na integração no grupo, com o apoio dos colegas. Falta a outra parte, que é a dele", disse o técnico leonino.

Não duvido que Paulo Bento queira o jogador no plantel e que conte com ele, só devido a este motivo se pode perceber que tenha demorado tanto tempo a apontar-lhe o dedo. Está visto que Simon Vukcevic não quer, nem vai fazer a parte dele, é um excelente jogador e sem dúvida uma mais valia no plantel leonino, mas não resta agora outra saída à SAD que não seja promover a sua transferência já em Janeiro.

O problema é que esta já recusou uma oferta da Inverfutbol, cujos valores seriam de 4 milhões de euros. Um erro, que só se compreende devido ao desejo de contar com o atleta, mas agora certamente terá mais dificuldades para se livrar de «Vuk» recebendo igual ou superior quantia.

Resta saber se o propalado interesse do FC Porto no jogador se mantém, depois de todos estes acontecimentos, sendo certo que Vukcevic já provou não ser um jogador que encaixe no perfil normalmente defendido por Pinto da Costa.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O povo está dividido


Os recentes resultados da selecção nacional - derrota com a Dinamarca e empates com Suécia e Albânia - deixaram o povo português dividido. Pelo menos a julgar pelos resultados do inquérito do «Chuto de Letra», onde se perguntava: Ainda acredita que Portugal se vai apurar para o Mundial 2010? Dos onze votantes, cinco continuam com fé, ou esperança, e seis perderam completamente as expectativas de ver Portugal na África do Sul, o que mostra bem a divisão que se vive em território lusitano.

Devo dizer que optei por não dar a minha opinião, para não influenciar os resultados, porque se o tivesse feito, o resultado final seria uma divisão perfeita, porque eu ainda acredito.

E penso que por estes dias todos nós ganhamos um novo motivo para a acreditar. Esse motivo tem nome e chama-se Liedson. Um dos melhores marcadores de sempre do Campeonato português vai adquirir nos próximos tempos a nacionalidade portuguesa, podendo constituir opção para Carlos Queiroz.

Caso o brasileiro entenda jogar por Portugal fica resolvido um dos maiores problemas da equipa de todos nós, o lugar de ponta-de-lança. A selecção só terá a ganhar com a inclusão de alguém que para além de se saber movimentar na área e perto dela, normalmente não falha na hora de atirar a contar. O contrário acontece com os actuais avançados que Carlos Queiroz tem à disposição e para tal basta lembrar o último jogo, onde por diversas vezes Hugo Almeida apareceu em boa posição, mas não foi capaz de fazer golo.

Que venha Liedson, quanto mais não seja para nos fazer acreditar um pouquinho mais.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Super Braga


O Sporting de Braga entrou a vencer na fase de Grupos da Taça UEFA ao bater os Portsmouth, no Estádio Axa por 3-0.

Um noite simplesmente perfeita permitiu à equipa de Jorge Jesus conquistar os três pontos e colocar-se em excelente posição para seguir em frente na competição. É verdade que o árbitro deu uma ajuda - se alguém percebeu porque foi anulado o golo dos ingleses é favor explicar -, mas este Braga mereceu o resultado e continua uma campanha extraordinária na Europa, a contrastar com alguns altos e baixos entre portas.

Jorge Jesus mereceu, mais que qualquer outro, esta vitória sobre a equipa de Redknapp. O técnico inglês veio ao Minho convencido que venceria facilmente e afirmou mesmo que só tinha visto o Braga jogar através de vídeos, numa clara atitude de menosprezo pela equipa portuguesa. Os leitores (se é que os há) que me desculpem, mas este merece: Mama!!

Quanto ao Benfica, foi a Berlim, empatar com o Hertha. Quique Flores tinha avisado que importante era trazer pontos e conseguiu cumprir o objectivo. Tenho para mim que se Yebda não se tem lesionado, os portugueses talvez tivessem chegado à vitória.

Um problema lateral... esquerdo


O que (não) têm os planteis dos três grandes em comum? Entre muitas outras coisas, nenhum deles tem um lateral esquerdo digno desse nome.

É verdade que o Benfica tem Leo, provavelmente o melhor lateral esquerdo que o futebol português viu nos últimos 10 anos, mas neste momento não é dono do lugar - tem jogado Jorge Ribeiro - e a sua exibição contra o Penafiel, para a Taça de Portugal, provou que o técnico Quique Flores tem razão em deixa-lo de fora. Chegou mesmo a dar a sensação de que os seus melhores anos já terão passado.

No Sporting tem actuado Grimi. O argentino vai cumprindo os mínimos com maior ou menos dificuldade, mas está longe de ter as qualidade de Rui Jorge, o último bom jogador que o Sporting teve para a posição. No banco há Ronny, que é basicamente o mesmo que não ter coisa nenhuma!

Já o FC Porto deve estar a tentar bater algum recorde, desde que Nuno Valente, em 2005, rumou a Inglaterra para representar o Everton, a troco de cerca de 2 milhões de euros. Em três anos os portistas contrataram para ocupar o lugar, nada mais, nada menos do que seis jogadores (média de dois por ano) e curiosamente o único que dá garantidas é Fucile, que de origem até joga no flanco oposto. O que não admira se olharmos para a lista de nomes: Areias; Marek Cech; Ezequias; Lucas Mareque; Lino e Benítez. Esclarecedor, digo eu!O problema já era conhecido ao nível da selecção nacional que desde os abandonos de Rui Jorge e Nuno Valente, ficou sem um jogador de qualidade para cumprir a posição, mas que os maiores clubes portugueses não consigam ir ao estrangeiro arranjar melhor do que aquilo que têm mostrado nas últimas épocas, no mínimo, dá que pensar.

Era bom que alguém um dia explicasse o que andam a fazer os departamentos de prospecção dos maiores clubes nacionais e como é que alguns têm, ou tiveram, nos seus quadros olheiros como Norton de Matos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Quando nada se tem para dizer...



O seleccionador nacional, Carlos Queiroz, esteve ontem no Estádio do Dragão a assistir à partida entre o FC Porto e o Dínamo de Kiev para a Liga dos Campeões, sentado ao lado do presidente portista, Pinto da Costa.
Hoje todos os jornais davam um relativo destaque ao facto, que também não passou despercebido aos mais diversos comentadores, sendo destacado amplamente na blogoesfera.
Quase todos criticam a posição do seleccionador ao se sentar lado a lado com o presidente do FC Porto, afirmando que este já está a manobrar o sistema da equipa de todos nós.
Eu pergunto: Não é natural o seleccionador de Portugal ir ao Estádio do tricampeão nacional ver um jogo? Teria sido preferível ir ver o Carcavelinhos, que deve ter inúmeros jogadores que interessam à selecção? Sentar-se ao lado do presidente do clube que o recebeu é assim tão anormal?
Mas é como digo, qualquer coisa vai servir para se atacar o seleccionador nacional, mas Scolari, que nunca ninguém o viu num Estádio era tudo normal. Quando nada se tem para dizer, mais vale estar calado.

Liedson à italiana


O Sporting venceu esta noite em Donetsk, na Ucrânia, o Shakhtar por 1-0, com Liedson a resolver um jogo onde os «leões» fizeram uma exibição muito pobre. A equipa de Paulo Bento adoptou uma estratégia à italiana, ou seja, defender, defender e defender, para depois encontrar um brecha e desferir o golpe fatal.

As melhores oportunidades até foram para os ucranianos, mas ora por desperdício da dupla brasileira do ataque do Shakhtar, ora por manifesta falta de sorte, o Sporting conseguiu não sofrer golos e aproveitar uma das raras oportunidades para matar o jogo, com Liedson a inscrever o seu nome na história do clube, pois é agora o melhor marcador de sempre dos «leões» nas competições europeias.

Os três pontos vieram mesmo a calhar, uma vez que caso vençam na próxima jornada em Alvalade o Shakhtar e se o Barcelona fizer o mesmo com o Basileia, o Sporting chegará pela primeira vez aos oitavos-de-final da «Champions».

Um plantel de chorar... a rir


Durante uma análise aos planteis dos três grandes, dei comigo a pensar: há aqui jogadores que não tinham lugar nem no Passarinhos da Ribeira! Mas o pior, foi quando comecei a ver os jogadores que estão emprestados, verdadeiros «astros»!

Vai daí e toca a assentar os nomes desses autênticos «senhores dos relvados» e no final constatei que dava para forma um plantel completo com os seguintes jogadores: Guarda-redes - Moretto (Benfica); Defesas - Stepanov, Benítez e João Paulo (emprestado ao Rapid)(todos FC Porto), Pedro Silva e Ronny (Sporting), Zoro, Maxi, Luís Filipe (Emp. Guimarães) e Sepsi (Emp. Santander) (Benfica); Médios - Bolatti (FC Porto), Pereirinha e Celsinho (Emp. Estrela) (Sporting), Nuno Assis (Emp. Guimarães) Binya, F. Adu (Emp. Mónaco) (Benfica); Avançados - Balboa e Mantorras (Benfica), Farías e Renteria (Emp Braga) (FC Porto), Tiuí e Luís Paez (Sporting). Tudo somado dá um plantel de 22 jogadores (se é que se pode chamar plantel a uma coisa surreal como esta). É de chorar... a rir!

Isto tudo para dizer que os grandes do futebol português, que se querem afirmar na Europa, têm nos seus planteis jogadores de qualidade duvidosa e outros mesmo maus, que como disse não sei se jogariam no Passarinhos da Ribeira.

O pior é que alguns recebem no final do mês quantias consideráveis e ocupam lugares, que muitas vezes, miúdos que saem da formação poderiam ocupar e fazer igual ou melhor - mas isso é tema para um outro post. Depois queixam-se que em Portugal se perdem muitos jogadores!

Aliás, olhando bem para tão «fabulosa» equipa duvido mesmo que um plantel formado por estes jogadores se conseguisse manter na Liga, quanto mais lutar pelas competições europeias. Até mesmo para Mourinho seria difícil fazer algo que se visse, com jogadores de tão fraca qualidade.



O FC Porto perdeu, mas Pinto da Costa teve um dia em cheio


É verdade que o FC Porto perdeu com o Dínamo de Kiev e complicou as contas do apuramento na «Champions», mas hoje Pinto da Costa teve (mais) um dia em cheio.

O presidente portista não foi pronunciado no processo relativo ao jogo Nacional da Madeira-Benfica, da época de 2003/2004, um dos processos conexos do Apito Dourado.

A decisão vem ao encontro do que já se esperava - assunto já abordado no chuto de letra.

Ao que parece não há no processo prova que pudesse fazer presumir que num julgamento o dirigente pudesse ser condenado.

É de destacar que já havia um acordo entre o presidente do Nacional e um empresário para «trabalhar» o árbitro dessa partida, logo não fazia sentido que Pinto da Costa - que pode ser muita coisa, mas burro não é de certeza - entrasse no negócio, quando o Benfica até estava a nove pontos de distância e já fora das contas do título.

Ou seja, para já o marcador assinala: Pinto da Costa 1 - 0 Comissão Disciplinar da Liga.

Sou eu a dizer, mas se calhar era importante ouvir o que tem Ricardo Costa a dizer sobre este assunto. E já agora, como ficará toda esta história se o presidente do FC Porto for ilibado na justiça? Alguém vai ter que pagar os danos causados, e o FC Porto não costuma perdoar quando toca a cobrar facturas.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A festa do golo na «Champions»


Na jornada de hoje da Liga dos Campeões marcaram-se nada mais, nada menos, do que 36 golos, numa noite de grande espectáculo por toda a Europa.
Destaque para o encontro Villarreal-Aalborg, que rendeu nove golos, tendo os espanhóis vencido por 6-3 e para o Steaua Bucareste-Lyon, onde foram apontados oito tentos num jogo frenético em que os romenos chegaram a estar a ganhar 2-0 e 3-2, mas acabaram por ceder perante o campeão francês que venceu por 3-5.
Foi de facto uma jornada onde a festa do golo esteve bem presente e ainda só vai a meio, uma vez que amanhã disputam-se os jogos dos restantes grupos.
Se o campeonato português rende-se o mesmo a cada jornada, bem estaria o futebol português.

Incrementar o gosto pela matemática


O primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, ganhou por estes dias um aliado de peso na luta contra os maus resultados que as nossas escolas têm apresentado a matemática. Falo, claro está, do futebol português!

Consta-se até que nas escolas portuguesas vai nascer um projecto para incrementar o gosto pela matemática, onde os exercícios vão passar a ter problemas ligados ao futebol, numa tentativa de despertar a atenção dos alunos.

Depois da Selecção Nacional ter complicado as contas do apuramento para o Mundial de 2010 a disputar na África do Sul, é agora o FC Porto quem vai ter que recorrer à calculadora para conseguir chegar à fase seguinte da Liga dos Campeões. Os «dragões» perderam esta noite em casa, diante do Dínamo de Kiev por um zero e estão obrigados a ir ganhar fora para poderem sonhar com o apuramento.

A equipa de Jesualdo Ferreira entrou muito mal na partida - apesar de Lucho ter obrigado o guarda-redes contrário a defender para o poste, na sequência de uma boa jogada de Lisandro - e quando deu por ela já os ucranianos venciam por 1-0, tendo marcado no único remate em todo jogo direccionado à baliza de Nuno, que não fica isento de culpas, apesar do pontapé de Aliyev ser impressionante.

Num encontro onde pressionou muito pouco, os tricampeões nacionais até tiveram ocasiões para chegar ao empate, mas sempre na sequência de remates de fora da área, porque entrar na defesa do Dínamo, que apresentou sempre uma linha de quatro atrás, que nunca se desfez e que era apoiada por cinco homens no meio campo foi tarefa impossível.

O FC Porto acaba por perder pela segunda vez no Dragão em partidas da «Champions», depois do Artmedia (outra equipa do Leste europeu) ter feito o mesmo há três épocas, numa partida em que Jesualdo Ferreira fez tudo para ganhar.

Bem ao colocar Mariano, um jogador que não é um desequilibrador, mas que luta o tempo todo e depois acertado nas substituições. Ao intervalo colocou Hulk e retirou o trinco Fernando e depois lançou Tarik no lugar de Rodriguez - que começa a pedir para ir ao banco - acabando a trocar Mariano por Tomás Costa. Tudo em 15 minutos, mas hoje o FC Porto não teve imaginação para ultrapassar uma defesa segura e que raramente se desposicionou.

Agora resta mesmo distribuir calculadoras no balneário e esperar que algum génio descubra a fórmula para chegar aos oitavos-de-final.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Balboa não é jogador


O treinador do Benfica, Quique Flores, decidiu dar uma oportunidade a alguns dos jogadores menos utilizados no encontro com o Penafiel e se para alguns, a noite não foi animadora, para Javier Balboa foi mesmo desastrosa.

O extremo direito confirmou tudo aquilo que pensava dele: não é um jogador de futebol, é um corredor de 100 metros - ou então um pugilista e Pepe que o diga.

Balboa tem de facto muita velocidade e talvez seja o jogador mais rápido da Liga, mas não a sabe aproveitar para desequilibrar, está sempre mal posicionado e a sua falta de categoria é impressionante, obrigando a questionar quem o recrutou. Lembro que Quique Flores deu aval à contratação - todos sabem que sou admirador do técnico espanhol, mas quando erra também tem que ser criticado.

Outro factor importante são os 4,5 milhões de euros que o Benfica pagou pelo jogador, o que me faz pensar, que nesta ordem de ideias, Vítor do Penafiel que fez uma grandiosa exibição na Luz e que faz o mesmo lugar, vale fácil, fácil, uns 25 milhões.

Já não há pachorra




Nuno supera Helton... finalmente


Helton nem sequer integra a lista de convocados do FC Porto para a partida desta terça-feira com o Dínamo Kiev, da terceira jornada da Liga dos Campeões. O guarda-redes voltou a ficar de fora, pelo terceiro jogo consecutivo, o que acaba com as dúvidas sobre a titularidade na baliza: joga Nuno.
Helton começou por falhar o jogo com o Sporting por motivos físicos - o torcicolo nunca me convenceu e agora vem a prova - tendo depois ficado de fora da partida do Sertanense por opção, tal como acontece agora.

Jesualdo Ferreira parece estar finalmente convencido que o brasileiro precisa mesmo de descansar para alinhar as ideias, uma vez que há pelo menos um ano que vem tendo exibições fracas.

Ainda por cima Nuno vem provando que é de facto um guarda-redes de eleição, que teve o azar de estar tapado, primeiro por Baía e depois por Helton. Se mantiver as boas actuações e a titularidade da baliza do FC Porto é bom que Carlos Queiroz não se esqueça dele e se lhe der a titularidade, também não me espanta.

Quique em discurso directo


O treinador do Benfica, Quique Flores, deu ontem uma entrevista ao jornal espanhol «As» onde aborda a sua vinda para Portugal, decisão da qual não se mostra arrependido.

Revela ser um conhecedor do futebol português, apesar do pouco tempo que leva de vida no nosso país. Entre outras coisas, salienta o trabalho de José Mota no Leixões, e de Cajuda no Guimarães, afirmando ainda que Jesualdo Ferreira e Paulo Bento poderiam treinar qualquer clube do Mundo. Acho normal o elogio embora, não concorde totalmente (mas se Scolari pode treinar o Chelsea, porque não?).

Avalia muito bem o poderio do FC Porto e as razões do sucesso dos «dragões», mostrando-se ciente de que o Benfica ainda tem muito que palmilhar para chegar ao nível dos tricampeões nacionais.

Da sua equipa diz ainda que Reys está num bom momento, mas que na forma que andava antes de rumar ao Benfica, só podia mesmo melhorar, o que mostra mais uma vez o realismo com que encara o futebol e o seu trabalho.

Sobre a alegada intenção do Real Madrid querer contratar Di Maria, Quique Flores lembra que o argentino ainda está numa fase de formação e de maturação do seu futebol.

Resumindo: Quique Flores prova mais uma vez que é uma lufada de ar fresco no futebol luso e mostra o porquê de a maioria dos portugueses simpatizarem consigo e acreditarem que pode devolver o Benfica aos tempos áureos.

domingo, 19 de outubro de 2008

Manuel José


Manuel José garantiu a presença na final da Liga dos Campeões africanos pela quinta vez, depois de o Al Ahly, equipa egípcia que orienta, ter eliminado o Enyimba, da Nigéria, nas meias-finais.

O treinador português que já venceu a competição em três ocasiões - 2001, 2005 e 2006 - continua a sua carreira de sucesso por terras africanas depois de ter sido ostracizado pelo futebol português, que desperdiça assim o talento de um dos seus melhores treinadores.

Não tenho dúvidas, que Manuel José é muito melhor treinador, que 90 por cento dos técnicos da Liga.

O homem ganha em tudo que é campeonato



José Mourinho prossegue a sua carreira triunfal. Este Domingo foi ao Estádio Olímpico de Roma bater a equipa da casa por 4-0. Com os três pontos o Inter recuperou a liderança da Série A, que havia perdido depois da derrota no dérbi de Milão.

De facto o treinador português está a conseguir provar que foi para Itália ensinar os locais a atacar, depois de ter estado em Inglaterra a ensinar os ingleses a defender.

José Mourinho é um fenómeno e está a provar que pode ganhar em tudo o que é campeonato.

Houve Taça na Luz e em Arouca

As grandes surpresas da terceira eliminatória da Taça de Portugal foram o Penafiel e o Arouca, duas equipas que disputam a Série B, da II Divisão. Os durienses foram ao Estádio da Luz pregar um grande susto ao Benfica que só conseguiu carimbar o apuramento nas grandes penalidades. Honra seja feita aos jogadores do Penafiel e ao treinador Rui Quinta, que foi a Lisboa jogar com dois avançados (quantas equipas da Liga fazem o mesmo?), não teve medo de perder e se tivesse ganho não teria sido escandaloso, pese embora o Benfica até tenha tido as melhores oportunidades de golo. Os penafidelenses jogaram ainda um bom futebol - não me lembro de em nenhuma situação terem chutado para a bancada - trocaram a bola e deram uma excelente imagem.

Em Arouca, a equipa local recebeu o Marítimo e eliminou os madeirenses nos penaltis, mas bem merecia ter resolvido as coisas mais cedo. A equipa de José Pedro - que foi jogador do Marítimo -chegou mesmo a vulgarizar a equipa maritimista durante os 120 minutos e depois teve no guarda-redes Ivo o seu herói, ao defender duas grandes penalidades.

Uma palavra ainda para o Gil Vicente, que eliminou o Rio Ave em Barcelos, por 3-2, após prolongamento. Um resultado - mais até que eliminação - que deve preocupar o técnico João Eusébio, uma vez que a equipa perdeu todos os jogos que disputou fora de casa.

Nos restantes jogos, com excepção do Valdevez (II Divisão), que foi ganhar ao terreno do Olhanense (Liga de Honra) e do Fátima (II Divisão), que bateu, em casa, o Feirense (Liga Honra), as equipas de escalões superiores impuseram-se aos adversários.

sábado, 18 de outubro de 2008

Para quem ainda não percebeu: Scolari VS Queiroz






Na sequência do empate da Selecção Nacional diante da Albânia, da última quarta-feira, tenho vindo assistir ao eclodir de uma campanha que me dá asco, de tentativa de Golpe de Estado, leia-se correr com Queiroz do comando técnico. A acrescentar a tudo isto surgiu também um movimento saudosista pró-Scolari, daqueles bem à moda lusitana (lembram-se de D. Sebastião?).



Sou um defensor convicto de Carlos Queiroz e digo desde já, que mesmo que não consiga o apuramento para o Mundial 2010, deverá permanecer no cargo, pois ao contrário de Scolari, tem um projecto para o futebol português.



Quanto ao técnico brasileiro, fui sempre um crítico do seu trabalho, pois considero que é um treinador bem à moda do Brasil (conhecem algum que tenha sucesso na Europa?), muito fraco tacticamente, mau a ler o jogo e a sua acção nunca foi decisiva durante um jogo. Claro que teve coisas boas, das quais destaco o facto de ter tido sempre os jogadores na mão, mesmo tomando opções muito discutíveis (falo de Baía claro está, mas há mais), a verdade é que o grupo esteve sempre com o ex-seleccionador e isso é um mérito exclusivamente seu.



Mas para quem ainda não percebeu, passo a explicar porque considero Queiroz uma melhor opção.



Scolari chegou a Portugal em 2003, onde veio encontrar uma selecção da qual ninguém esperava grande coisa. Porque os resultados no Mundial do Japão foram o que se sabe e porque durante quase dois anos, a equipa não disputou um único encontro oficial. Ou seja, Scolari teve dois anos para preparar uma equipa.



Por seu lado, Carlos Queiroz regressa a Portugal numa altura em que a selecção tem que disputar um apuramento para um Mundial, onde ninguém admite que não vamos estar, porque andam todos convencido que temos uma das melhores selecções do Mundo. Eu até concordo, mas só se dissermos que temos a 9ª melhor equipa, porque há outras bem melhores que a nossa (Espanha, Itália, Inglaterra, Argentina, Brasil, Alemanha, Holanda e Croácia). Logo a pressão é muito maior, algo que Scolari só sentiu verdadeiramente durante o Euro 2004.



Mas a grande diferença está nas equipas que os dois treinadores vieram encontrar e aqui Scolari tem uma vantagem imensa.



Para o Euro 2004 Scolari convocou os seguintes jogadores: Guarda-Redes – Ricardo, Quim e Moreira; Defesas – Paulo Ferreira, Miguel, Nuno Valente, Rui Jorge, Fernando Couto, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Beto; Médios – Costinha, Petit, Tiago, Maniche, Rui Costa, Deco, Figo e Simão; Avançados – Pauleta, Nuno Gomes, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga. Se olharmos bem podemos facilmente perceber que esta equipa tem dois jogadores por posição bastante semelhantes. De fora ficaram jogadores como Vítor Baía (eleito nesse ano o melhor guarda-redes da Europa), Boa Morte que havia feito nessa época a sua melhor temporada de sempre e Fernando Meira que já despontava como um dos melhores estrangeiros a actuar na Alemanha. A destacar ainda o facto de metade desta equipa ter sido campeã europeia pelo FC Porto, de ter jogadores com elevada experiência internacional como Rui Costa, Figo e Pauleta, sendo que os dois primeiros, mais Fernando Couto eram verdadeiros lideres de balneário. Esta equipa apresentava ainda uma média de idades de 26 anos, ou seja, estava no ponto!



E que fez Scolari? Chegou à final e perdeu com a Grécia. A jogar em casa, com o Estádio da Luz cheio e com um país inteiro a carregar a Selecção Nacional às costas não me digam que foi um bom resultado. Já sei que é o melhor resultado de sempre, mas bom era vencer, era essa a obrigação depois de estar na final e falhou.



Agora vamos a Carlos Queiroz. A última convocatória foi a seguinte: Guarda-redes - Eduardo, Quim e Daniel Fernandes; Defesas - Bosingwa, Paulo Ferreira, Bruno Alves, Fernando Meira, Pepe, Tonel, Antunes, Miguel; Médios - Maniche, Deco, Raúl Meireles, Danny, Carlos Martins, João Moutinho; Avançados - Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo, Nani, Nuno Gomes Yannick e Hugo Almeida. Para começar perdeu Deco (e já todos sabemos que não há ninguém capaz de fazer o mesmo papel), Bosingwa e Maniche (há ainda o caso de Ricardo Carvalho), tudo jogadores titulares, tendo chamado posteriormente Manuel Fernandes. Olhando para este «plantel» nem sei a quem deveria dar a braçadeira de capitão, Ronaldo não tem perfil, Nuno Gomes talvez fosse uma boa opção, mas o que mais se assemelha a um líder é mesmo Maniche. Ou seja, não há um jogador que seja o espelho do exemplo para os que estão a chegar, que como sabemos são muitos. A média de idades em relação ao à equipa que esteve no Euro mantém-se, o que muda, e que tem feito toda a diferença é a experiência destes atletas. Dez destes jogadores acabam de chegar à selecção e na sua maioria são ainda jovens. Esta equipa carece de um bom lateral-esquerdo, não há um trino como Costinha ou Petit e não tem um avançado como Pauleta. Mas não tem, não por culpa de Carlos Queiroz, não tem porque não existe, estes são os melhores.



Ou seja pede-se a Queiroz que faça o mesmo ou até mais, tendo menos que Scolari, esquecendo-se que o grande desafio da actual equipa portuguesa até nem é chegar ao Mundial, é crescer como equipa e para isso é preciso tempo. Queiroz tem ainda que «levar» com as asneiras que ainda deixaram o brasileiro fazer, antes deste ter ido para o Chelsea. Lembro que o calendário foi ainda «negociado» por Scolari. Agendar os encontros com a Suécia e Dinamarca para esta fase, onde a remodelação ainda vai no início, só podia mesmo vir da incompetência de Scolari.



Mas o maior de todos os males é mesmo Queiroz ser português e não falar com sotaque, porque então tudo lhe seria perdoado.






P.S. - É verdade que me estiquei na letra, mas tinha que ser!



sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Maradona quer treinar a Argentina


Aquele que é para muitos o melhor jogador de todos os tempos - o melhor é sempre subjectivo, mas foi o melhor que vi jogar -, Diego Maradona quer treinar a selecção argentina, depois de Alfio Basile ter apresentado a demissão do cargo após a derrota com o Chile, em jogo de apuramento para o Mundial 2012.

Embora seja um dos nomes apontados, não é sequer um dos favoritos ao cargo, o que não admira. Diego era mágico enquanto jogador, fez coisas que mais ninguém repetiu, mas como treinador nunca provou nada e além do mais, o seu passado, ligado às drogas (que nunca se percebe bem se é mesmo passado) é incompatível com o cargo de seleccionador de uma das maiores nações do futebol mundial, que ele próprio ajudou a erguer.

A menos que os argentinos estejam a ficar iguais aos portugueses e pensem que Maradona é o D. Sebastião que os vai salvar.

Jesualdo defendeu Queiroz


Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto, defendeu hoje o trabalho de Carlos Queiroz à frente da Selecção Nacional e atacou os críticos e a comunicação social que já pedem a cabeça do seleccionador:


"Muita gente devia estar calada porque não conhece essa questão. Sempre defendi Scolari, mas também toda a gente sabe que o senhor Scolari teve a sorte de chegar numa altura em que não havia nenhuma qualificação para decidir. Teve tempo para preparar a equipa sem qualificação. O senhor Carlos Queiroz teve um jogo de preparação e depois entrou logo na qualificação".


"Não há treinadores que consigam formar uma equipa, em dois ou três dias. Não há magia, nada que permita pôr aquela gente toda a jogar bem, com um estalar de dedos. É preciso tempo. Ser seleccionador nacional, de qualquer forma, é capaz de ser um bom emprego, mas não acho que Carlos Queiroz esteja aqui nessa perspectiva. Parece que não queremos ir ao Campeonato do Mundo. A comunicação social quer ir mas está a bater desde a primeira hora. Quando se chega à indignidade como já se viu em alguns aspectos, estamos em desacordo".


"Estou aqui a manifestar o meu apoio a Carlos Queiroz. Lembram-se da equipa que esteve na final do Euro2004? Vejam essa equipa e comparem-na com a actual. A actual é uma equipa em construção. A média de idades é mais baixa. Há dois anos houve um Europeu de sub-21 em Braga. Portugal foi eliminado e o seleccionador foi desancado, por ter um meio-campo com Meireles, Manuel Fernandes e Moutinho, precisamente o mesmo deste jogo. Organizar uma equipa é difícil. Ou as pessoas percebem a dificuldade da missão e apoiam, ou então não apoiam mas sejam dignos na análise. Acredito que Portugal se vai qualificar".


Concordo e assino por baixo, o que até é raro quando se trata de Jesualdo Ferreira.

A solução para irmos ao Mundial


Segundo uma noticia de hoje do Maisfutebol, que cita o jornal italiano «Gazzetta dello Sport», a equipa do Midland Portland Cement da segunda divisão do Zimbabué, encontrou uma forma , no mínimo peculiar, de ultrapassar uma crise de resultados. Ao que parece, após a consulta de alguns especialistas, descobriram que se tratava de mau-olhado. A solução era mergulhar no rio Zambeze para afastar de vez a maldição que lhes tinha sido lançada por alguém.
Os jogadores foram então obrigados pela direcção do clube a mergulhar no rio, lançaram-se às águas e durante alguns minutos tiveram que nadar para deixar o mau-olhado nas correntes fortes. O problema é que a zona do Zambeze onde mergulharam é habitada por crocodilos e está mesmo interdita, sendo proibido mergulhar nas águas.

Resultado: entraram dezasseis jogadores e só regressaram a terra quinze; um deles continua desaparecido e a policia local não acredita que o jogador venha a ser encontrado.

Ao ler esta notícia dei comigo a pensar: Será que não aconteceu o mesmo à nossa selecção?

Sim, porque não há explicações racionais para perder com a Dinamarca daquela maneira e consentir um empate com a Albânia, em casa, e ainda por cima reduzida a 10, só pode mesmo ser bruxedo.

Talvez a solução para irmos ao Mundial seja Queiroz mergulhar os jogadores da Selecção Nacional no Tejo, para ver se estes deixam lá ficar as peneiras e começam a jogador futebol.

Memória curta


Confesso que por falta de oportunidade não pude ler o conteúdo de «A Bola» de ontem, mas ao ler a primeira página fiquei pasmado com a falta de memória do autor da mesma.

"Parecido só empate com Malta há 21 anos". Então, mas será que se esqueceram do empate (2-2) com o Liechtenstein, em 2005, no apuramento para o Mundial 2006?

Ou será que a Scolari tudo era perdoado, e a Queiroz (se calhar por ser português) ao primeiro desaire (sim porque empatar com a Suécia, fora, é um resultado normal e mesmo na derrota com a Dinamarca, em casa, não em parece que o seleccionador tenha grandes culpas), do qual ele até nem é o principal responsável, faz-se logo uma campanha para o mandar embora.