O técnico brasileiro Lori Sandri já não é treinador do Marítimo. A decisão foi tomada numa reunião entre treinador e o presidente do clube, Carlos Pereira, esta tarde. A derrota com a Académica, por 3-1, ontem em Coimbra, contribuiu para a saída de Lori do comando técnico dos madeirenses, lugar que tinha assumido no princípio da temporada.
Por várias vezes louvei aqui a coragem da direcção madeirense ao aguentar o brasileiro no cargo, após as primeiras jornadas do campeonato, nas quais o Marítimo acumulou duas derrotas e um empate, tendo pelo meio sido batido pelo Valência para a Taça UEFA, numa altura em que a contestação foi muito forte da parte dos sócios do clube.
Porém, a derrota sofrida em Coimbra acabou por levar Carlos Pereira a demitir o treinador. Um erro crasso, digo eu. Não sou a favor dos despedimentos de treinadores, porque raras são as vezes em que essa atitude ajuda a uma melhoria significativa das equipas e neste caso, parece-me totalmente descabido.
Vejamos o que dizem os números. À 19ª jornada o Marítimo ocupa o 7º lugar, somando 29 pontos, mais quatro do que Guimarães e Estrela e menos três do que Braga e Nacional. Ora se o objectivo traçado pelos insulares para esta época passa por garantir o apuramento para as competições europeias, porquê despedir um treinador que está a apenas três pontos dessa meta?
Não consigo compreender esta atitude. Mas há mais: à sua frente o Marítimo tem o Braga, que neste momento é claramente o quarto grande de Portugal, e o Nacional, equipa que, a meu ver, tem um plantel de maior qualidade do que o Marítimo. Depois há ainda um Super Leixões, que é a única equipa que, à partida, não entraria nestas contas.
Resumindo, no máximo, o Marítimo poderia estar um lugar acima do que o que ocupa neste momento, lutando, como o tem feito, com Braga e Nacional pela vaga na UEFA. Porém, a direcção do clube tem outro ponto de vista. Mas vai uma aposta que o substituto de Lori Sandri não conseguirá fazer melhor?
FOTO:AFP
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