terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quando o fair-play não é uma treta

O jogo entre o Godoy Cruz e o Banfield, da primeira jornada do Torneio Clausura da Argentina, disputado no último fim-de-semana, ficou marcado por um lance muito pouco habitual. A um minuto do fim, com um empate a uma bola no marcador, a equipa visitante dispôs de uma grande penalidade. O guarda-redes do Banfield, Cristian Lucchetti, foi chamado à conversão, mas falhou, porque Nelson Ibáñez, guardião contrário, conseguiu defender o remate. Então, em vez de endereçar rapidamente a bola a um colega, para tentar aproveitar o adiantamento de Lucchetti, o jogador do Godoy esperou que o adversário chegasse à baliza e só depois e seguir o encontro, num raro momento de fair-play. O lance ganha ainda maior relevância pelo facto de o Godoy Cruz estar em risco de descer de divisão.

Na minha óptica, se fosse o guarda-redes do meu clube a proceder desta forma, seguramente ficaria um pouco chateado e até era capaz de lhe chamar alguns nomes impróprios, mas reconheço que Ibáñez deu ao mundo uma enorme lição de fair-play.

E vocês, o que acham?

6 comentários:

Anónimo disse...

Isto não é fair-play, é burrice!!

Unknown disse...

o comentário anterior não é burrice, é cretinice refinada.
É por causa de bestas destas que o futebol é e será o ópio do povo

Anónimo disse...

O Fair-Play aplica-se quando um colega ou um adversário está lesionado e necessita de assistência. Agora, um penálti é um lance normal num jogo de futebo. Qual é o tipo de Fair-Play neste caso? Para a próxima, outro guarda-redes tenta sair com a bola controlada da sua área, passa por um adversário, mas perde a bola a seguir. Esse jogador vai esperar que o guarda-redes regresse à baliza?

PS: Caro Pedro, aprenda a respeitar as opinões dos outros. O Futebol está como está mas é por causa de outras «bestas».

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Querido Paco, o fair-play prende-se com a lealdade para com o adversário. E isso implica defrontá-lo em condições de paridade.
O que implica neste caso aguardar que o GR da equipa adversária regressasse à sua área.

Um exemplo mais óbvio, nos desportos de combate é tida como uma cortesia entre adversários, fair-play, não atingir o adversário em queda. Na maioria destes desportos há uma omissão no que concerne a isto, prevalecendo aí a iniciativa do árbitro.

Mais : fair, não quer dizer só justo, primordialmente está associado à clareza, fair-play na sua génese é jogar às claras.

Espero que te consigas perceber isto Teófilo.

Carlos Saraiva disse...

Caro Pedro o objectivo do Chuto de Letra é promover a discusão e o debate de ideias, mas sem insultos. Modere o paleio...