sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O jogo que eu vi


Ao longo da semana tenho ouvido e lido diversos comentários, quer nos órgãos de Comunicação Social, quer em vários blogues da especialidade, sobre o que foi o clássico do passado fim-de-semana, entre FC Porto e Benfica. A maioria deles refere quase uma ode ao futebol, ao descrever o que se passou no Estádio do Dragão, alimentada por uma grande exibição do Benfica que se converteu em rasgados elogios à estratégia montada por Quique Flores.

Porém, e já depois de ter revisto o jogo na integra, fico com a ideia que terei assistid0 a um outro jogo. O jogo que eu vi foi uma partida fraca, entre duas equipas muito mais interessadas em não perder do que em ganhar, com o FC Porto a apresentar uns razoáveis 20 minutos, mas ainda assim longe da espectacularidade que alguns apregoam. Após este período o Benfica acertou as marcações a meio-campo e chegou a manietar o FC Porto, que não apresentou soluções diante de um Benfica que tudo fez para não perder o jogo.

Não me lembro de um clássico em que uma das equipas passa largos momentos sem um único ponta-de-lança em campo, tal como fez Quique, quando retirou o apagado Suazo para fazer entrar o sempre inconsequente Di Maria. Confesso que, ao ver o jogo, me lembrei várias vezes do Trofense, que no Dragão, terá feito pouco menos que o Benfica.

Não gostei do jogo. Não gostei de ver o Benfica entrar na casa do rival preocupado em não perder. Não gostei de ver o FC Porto que, em largos momentos, mostrou ter ainda mais medo do que o rival. Não gostei da arbitragem. Não gostei do espectáculo.

Mas, reconheço que posso ter visto mal, uma vez que a opinião generalizada é a de que se tratou de um bom encontro, quando este a única coisa boa que teve foi incerteza no resultado, mas isso, digo eu, têm todos os clássicos.


FOTO: AFP

10 comentários:

Anónimo disse...

O Benfica jogou sem ponta-de-lança?? Para que posição é que o Di Maria entrou? Médio? Extremo?

Carlos Saraiva disse...

Caro Anónimo, a questão é Di Maria é um ponta-de-lança?!

Anónimo disse...

Mas não me parece que isso seja mto relevante, caro Saraiva. Se, por exemplo, o Quim jogar a ponta de lança, vai dizer que ele não está a jogar nessa posição?

Carlos Saraiva disse...

Caro anónimo, o que me está a dizer é que jogar Suazo, Cardozo ou Nuno Gomes nessa posição e jogar você, é a mesma coisa?
Não creio.

Anónimo disse...

Não, mas se fosse esse o caso, o Benfica estava a jogar sem ponta-de-lança? Se o Di Maria tivesse entrado para lateral-direito, o Benfica ficava a jogar sem lateral-direito?
O Saraiva certamente que se lembra dos tempos em q o João Manuel Pinto entrava para jogar a ponta-de-lança no FC Porto. Nessas alturas, o FCP passava a jogar sem um jogador na frente?

Anónimo disse...

Outro exemplo. No próximo jogo, o Benfica vai jogar com dois centrais a laterais. Vai jogar sem lateral-direito e lateral-esquerdo?

Carlos Saraiva disse...

Caro anónimo, convenhamos que jogar Di Maria no lugar de ponta-de-lança não é o mesmo que jogar lá Suazo, Cardozo ou Nuno Gomes. A questão JM Pinto não se coloca neste caso, porque ele só entrava para esse lugar numa fase de desespero e nunca jogava sozinho na frente.
Claro que no próximo jogo o Benfica não jogará sem laterais, mas não é exactamente o mesmo que jogar com jogadores que fazem essa posição de raiz.
trocar Suazo por Di Maria, abdicando de jogar sem um ponta-de-lança é e será sempre uma substituição defensiva.

Carlos Saraiva disse...

Caro anónimo, convenhamos que jogar Di Maria no lugar de ponta-de-lança não é o mesmo que jogar lá Suazo, Cardozo ou Nuno Gomes. A questão JM Pinto não se coloca neste caso, porque ele só entrava para esse lugar numa fase de desespero e nunca jogava sozinho na frente.
Claro que no próximo jogo o Benfica não jogará sem laterais, mas não é exactamente o mesmo que jogar com jogadores que fazem essa posição de raiz.
trocar Suazo por Di Maria, abdicando de jogar sem um ponta-de-lança é e será sempre uma substituição defensiva.

Anónimo disse...

É o seu ponto de vista. Não concordo, mas respeito.

Carlos Saraiva disse...

Caro anónimo o importante foi ter-mos tido uma interessante troca de pontos de vista. Eu tenho o meu, você o seu. Eu não pretendo mudar o seu, nem tão pouco provar que sou dono da razão absoluta. Nestas coisas do futebol admito sempre uma visão diferente da minha.