Um herói é uma figura que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema. Ao longo da história vários são os homens e mulheres que têm encarnado na perfeição este papel, que também aparece, não raras vezes, no futebol.
Atentando ao caso do FC Porto, que começou a época rotulado de super favorito à conquista ao título nacional, até que os resultados começaram «a ficar em casa», passando a equipa de Jesualdo Ferreira de bestial a besta (o que em futebol é a coisa mais natural), até voltar a entrar nos eixos e assumir a liderança da Liga, temos dois heróis que se destacam no seio do grupo.
O primeiro até tem mesmo nome de herói de banda desenhada. Falo naturalmente de Hulk, o novo fenómeno do Dragão. Confesso que a princípio fiquei desconfiado desta contratação que vinha da Liga japonesa e custava uma verdadeira fortuna, mas logo ao primeiro jogo reparei em algumas das suas qualidades. Velocidade, força, técnica e potência de remate. Ainda assim, demasiado caro para quem vinha de tão estranho futebol.
Porém, o brasileiro contribuiu, e muito, para o FC Porto recuperar o comando da Liga. Quer através do seu futebol, que entusiasma as bancadas e a própria equipa, quer através dos seus golos, que fazem dele o goleador portista no campeonato.
Depois de começar no banco, tornou-se peça chave de um grupo que mantém intactas as hipóteses de triunfar em todas as provas. Os seus predicados (força, técnica e um pontapé-canhão) foram contributos importantes para devolver ao FC Porto a liderança. Hulk é o maior herói na história desta conquista.
Mas não é só Hulk a sobressair nos tricampeões. Passado um período de grande espírito de sacrifício, onde segundo Jesualdo Ferreira chegou a jogar lesionado, Rodríguez tem subido de forma e começa a justificar por inteiro a contratação.
Nunca perdeu o estilo participativo, de quem vai a todas e não desiste de nenhum lance, mas a verdade é que as coisas não lhe estavam a sair de feição. Porém, após a derrota com o Leixões, no passado dia 25 de Outubro, o «Cebola» começou a subir de forma. Curiosamente, à saída desse encontro foi importunado pelos adeptos, que se concentraram à saída da garagem para tirar satisfações dos jogadores, tendo alegadamente partido o vidro do carro, onde se encontrava a família do uruguaio.
Certo é que após este momento e com a entrada de Hulk na equipa, Rodriguez foi crescendo, começou finalmente a rasgar as defensivas contrárias, conforme tantas vezes havia feito no Benfica, os golos estão a aparecer - já leva quatro - e as pazes com os adeptos estão feitas.
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