quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Quique abre a porta




Myron Markevich, treinador do Metalist Kharkiv, que esta noite bateu o Benfica em pleno Estádio da Luz por uma bola a zero, teve a seguinte frase no final da partida: "Não me passava pela cabeça vencer na Luz. Pensava que não tínhamos um por cento de hipóteses de vencer aqui".

Digo eu que não era só ao senhor Myron Markevich, que não passava pela cabeça a ideia de ver o Benfica perder em casa, com uma equipa de segunda ou terceira linha da Europa. A derrota nesta noite apenas vem confirmar a péssima campanha europeia do emblema da águia, depois de, imagine-se, se ter ponderado se o Benfica podia vencer a competição, após a eliminação do Nápoles.

Por outro lado, o resultado de hoje, apenas vem confirmar que, afinal, o Benfica não tem um plantel tão bom, como a certa altura se chegou a pensar. Isto porque no banco, faltam alternativas.

O Benfica fez sete alterações ao onze que foi eliminado da Taça de Portugal pelo Leixões: Quique lançou Moreira, Miguel Vítor, Fellipe Bastos, Yebda, Nuno Gomes e Cardozo, depois de ter dito que queria ganhar jogadores. Olhando para os 90 minutos a constatação é simples: Quique não podia sair mais derrotado.

David Luiz voltou a provar que não é lateral-esquerdo e a teimosia de Quique pode levá-lo a perder um bom jogador; Binya, mas mesmo não sendo dos piores, não tem categoria para jogar no Benfica; Yebda parece estar a desaparecer depois de um início muito prometedor; Fellipe Bastos, tem bons pés, mas é outro que não tem lugar numa equipa que quer lutar por objectivos nobres; Di Maria, tem a atenuante de vir de uma lesão, mas não foi muito diferente do que já nos habituou, ou seja, pouco mais que inconsequente e para finalizar Balboa, esteve igual a si próprio, muito fraco. De positivo destaco as exibições dos centrais e do miúdo Urreta, que provou, ser bem melhor que Balboa e que merece mais oportunidades.

O Benfica até teve azar, com os postes a negarem a hipótese de vitória, mas uma equipa que quer conquistar títulos tem que dar muito mais. Quique foi pragmático e afastou à partida qualquer hipótese de apuramento, mas exigia-se outro comportamento da equipa, por isso, não surpreende que no final tenha deixado a porta aberta para saídas.

Domingo à campeonato e a liderança volta a estar em jogo até porque o Nacional será um adversário difícil e com futebol para pontuar na Luz. Será que o Benfica acaba o ano em segundo? E se acontecer, será o principio do fim de uma equipa que chegou a ser de sonho?

Julgo que não será para tanto, mas a quebra parece-me, neste momento, inevitável e os assobios ouvidos no final da partida, é um sinal de preocupação dos adeptos.

1 comentário:

Jotas disse...

Sinceramente e como benfiquista se há jogo que em nada m preocupava era este, acho aliás que importante é vencer o nacional na 2ª feira.
Essa sua análise até poderia ser correcta se houvesse algum tipo de motivação para o jogo, como sabe, não é fácil motivar uma equipa ara um jogo em que nada de nada há a ganhar, normalmente e seja ual for o clube quando assim é perde-se.
Se be entendi, o que Quique falou de não ter 1% de hipóteses de vencer este jogo, é dita no contexto de ganhar o apuramento, algo em que so um lunático poderia obviamente acreditar.
Não concordo que este plantel seja banal, bem pelo contrário e espero que no final da época isso lhe seja provado, há que dar tempo a uma equipa que tem imensa margem de pogressão.
No jogo em si, sem jogar bem e usando um conjnto de jogadores sem entrosamento necessário, julgo que só por mea infelicidade o Benfica acabou por não vencer, se bem que de nada servia tal vitória.
Aconselho ainda todos os que falam por esta má campanha do Benfica de não pontuar na Europa, que façam as contas às últimas 5 épocas e vejam qual foi a equipa que maispontos deu ao País e terão uma bela surpresa, lanço-lhe esse desafio.