segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Não foi por falta de aviso...



No passado mês de Novembro dei aqui conta de uma decisão da Associação de Futebol do Porto de tornar públicas, através do seu sítio oficial na Internet, as nomeações dos árbitros, árbitros assistentes e observadores dos encontros dos Campeonatos Distritais.
Na altura a AF Porto justificou esta opção como uma forma de "melhorar a gestão de recursos humanos e financeiros", e ainda pelo facto de passar agora a actuar "em conformidade com a Federação Portuguesa de Futebol, Liga de clubes e outras congéneres".

Para quem não sabe, até então, os árbitros, árbitros assistentes e observadores só sabiam em que encontro iam actuar, hora e meia antes do início das partidas, o que contribuía, a meu ver, para uma maior transparência e protecção dos próprios árbitros, evitando que estes fossem eventualmente abordados pelos dirigentes dos clubes.

Na altura critiquei esta tomada de posição da Associação liderada por Lourenço Pinto, porque no meu entender estava só a arranjar «lenha para se queimar», pois era uma questão de tempo até a suspeição ser instalada.

Pois bem, um mês depois da referida decisão, o São Pedro da Cova, por intermédio do seu Chefe de Departemento de Futebol, Vítor Silva, acusou um árbitro, Pedro Barbosa, de se ter assumido como intermediário para subornar outro árbitro.

A estas horas, o presidente do Conselho de Arbitragem da AF Porto, Carlos Carvalho, está a jantar no Restaurante Lima 5 com os árbitros da primeira categoria Paulo Costa, Artur Soares Dias, Jorge Sousa, Rui Costa e Vasco Santos. Este encontro surge na sequência do caso levantado pelo dirigente do SP Cova e em cima de um clima de alguma tensão entre o presidente da AF Porto, Lourenço Pinto, e o presidente do respectivo conselho de arbitragem, devido ao facto de direcção associativa ter alterado o protocolo de divulgação das nomeações dos árbitros.

Para estes senhores, tenho apenas seis palavras: Não foi por falta de aviso...

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