quarta-feira, 26 de novembro de 2008

4-1-3-2: Como se esquece uma crise


O FC Porto garantiu ontem o apuramento para os «oitavos» da «Champions», ao vencer na Turquia o Fenerbahçe por 1-2, com Lisandro a «bisar». Ao que parece, a crise que se instalou no Dragão depois de três derrotas consecutivas, – Dínamo de Kiev, Leixões e Naval 1º de Maio - que deixou Jesualdo em maus lençóis, está ultrapassada.

O motivo está directamente relacionado com o sistema táctico. O treinador portista começou a época a insistir no 4-3-3, que tantas alegrias deu ao clube nos últimos anos, mas esqueceu-se que não tem jogadores para o fazer, uma vez que o plantel, após a saída de Quaresma, deixou de ter extremos de qualidade.
Só Tarik não chega e o marroquino ainda por cima não está em forma.
Porém, o FC Porto possui uma quantidade de médios de boa qualidade – Rodriguez, Tomás Costa, Meireles, Lucho, Fernando e Pele – que permitem uma transição para um meio campo mais povoado, seja em 4-4-2, seja em 4-1-3-2, sendo que me parece que o último encaixa que nem uma luva nas características dos jogadores de Jesualdo Ferreira.
Fernando ou Pelé são jogadores que asseguram o equilíbrio da equipa. Quanto aos outros, bons tecnicamente e com uma boa capacidade de passe, são quase todos jogadores aguerrido, que lutam por todas as bolas. A excepção a este facto é mesmo Lucho – o jogador mais fino dos dragões.
No ataque, há Hulk e Lisandro. O argentino é o exemplo perfeito de um jogador de equipa e ainda por cima faz golos. Já o brasileiro, com a sua capacidade física, velocidade e potência de remate, pode ser o parceiro ideal para Lisandro, assim que esteja completamente adaptado ao futebol europeu e assimile os princípios colectivos do jogo.
Foi assim que o FC Porto ganhou em Kiev, em Alvalade e agora na Turquia; foi assim que jogou melhor e foi mais seguro e, estou em crer, que foi assim que esqueceu uma crise, que chegou a perturbar e muito, o quase sempre tranquilo ambiente do Dragão.
Foto: EPA

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