(Quase) O Filme do costume

Na visita a Kiev, para defrontar o Dínamo, que havia vencido no Dragão há 15 dias, o FC Porto voltou a entrar melhor na partida do que o adversário, voltou a enviar uma bola ao poste - aí vão 11 -, voltou a sofrer um golo contra a corrente, voltou a falhar defensivamente e voltou a não fazer uma boa exibição. Enfim, foi quase o filme do costume, e quase porque apesar de tudo, desta vez, os tricampeões nacionais conseguiram ter capacidade para dar a volta ao marcador, o que até tem sido coisa (muito) rara.

Mais satisfeito do que todos terá ficado o técnico Jesualdo Ferreira, que conseguiu assim segurar o lugar, pelo menos até ao próximo Domingo, dia em que a equipa se desloca a Alvalade, para defrontar o Sporting, em jogo da Taça.

Aliás, as razões para festejar são muitas para o técnico, uma vez que desta a equipa conseguiu, não só reagir a uma situação difícil, como mostrou outro estado de espírito, não obstante as coisas terem começado mal.

Percebeu-se também que a defesa continua a não dar grandes garantias, que Hulk sempre que entra, tem o condão de animar a equipa e que Pelé, depois de dez bons minutos diante da Naval, começa a mostrar credencias para roubar o lugar a Fernando.

Além disso Lucho fez o melhor jogo dos últimos tempos, embora após fazer o golo tenha cometido uma estupidez tamanha, que merece um castigo pesado da SAD, nomeadamente no ordenado. Depois de ter visto um amarelo por protestos, tirou a camisola aquando do golo, o que lhe valeu a expulsão e a ausência na próxima partida da «Champions».

Para o final guardei a maior ironia de todas. Depois de estar quase eliminado, o FC Porto até pode conquistar o apuramento para os «oitavos» na próxima jornada e juntar-se ao Sporting. Como costumam dizer os treinadores: o futebol tem destas coisas!