sábado, 1 de novembro de 2008

Pesadelo


O FC Porto foi derrotado esta noite pela Naval 1º de Maio. Os portistas acumularam assim o terceiro desaire consecutivo - certamente será preciso recuar muitos anos para encontrar igual pecúlio - agudizando uma crise pouco habitual, que ganha já contornos de pesadelo.

Jesualdo Ferreira está - se a esta hora ainda não foi demitido - a prazo no Dragão, onde tenho para mim, que não permanecerá para além do próximo Domingo.

Isto, porque depois dos três pontos (bem) perdidos hoje, na quarta-feira há um confronto decisivo na «Champions», onde não me parece que esta equipa seja capaz de vencer, o que ditará praticamente a eliminação da competição e vem aí um confronto com o Sporting, em Alvalade, que certamente será decisivo para Jesualdo Ferreira.

Os tricampeões nacionais deram uma imagem de impotência na Figueira, onde nunca conseguiram ter o controlo do jogo, embora fossem tendo um domínio, que tinha tanto de aparente, como de inconsequente. Uma equipa desinspirada, sem ideias, sem fio de jogo, com os jogadores completamente perdidos nos campo e (ainda) sem guarda-redes. Há muitos fantasmas sobre Nuno, que não está a ser nada feliz no regresso à titularidade e voltou a estar ligado ao golo marcado pela Naval. Aquele baixar de braços, terá algum significado?

Jesualdo Ferreira não sabe explicar o que vai mal na equipa azul e branca, mas não pode mentir com o maior descaramento, como o fez no final do encontro, quando disse na zona de entrevistas rápidas que a sua equipa tinha criado várias ocasiões de golo. Não criou e Jesualdo está a tentar «tapar o sol, com a peneira», porventura também ele desesperado, porque explicar aos adeptos como se perdeu três jogos consecutivos não será tarefa fácil.

Em 90 minutos o FC Porto teve uma única ocasião flagrante de golo, quando Lisandro apareceu isolado diante do guardião da Naval, ainda na primeira parte, mas não conseguiu marcar.

De resto, o que se viu foi um deserto de ideias, com os jogadores a tentarem resolver sozinhos, o que o colectivo não parece estar sequer perto de conseguir fazer.

Rodriguez voltou a não estar bem e Hulk provou (de novo) que tem lugar no «onze. Já agora fica um pergunta: porque não joga Pelé? O jovem médio conseguiu mais lances de ruptura nos poucos minutos que esteve em campo, do que qualquer outro jogador.

Até custa acreditar, mas a realidade é que o FC Porto de hoje, faz lembrar aquilo que eram os desempenho do clube nas décadas de 50, 60 e 70. Bruno Alves ainda tentou explicar aos adeptos o que vai mal na equipa, mas o pesadelo está de volta ao Norte e não parece que os portistas consigam acordar tão cedo.

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