Os jogadores do Estrela da Amadora estão finalmente a receber dois meses, dos três de salário que têm m atraso e decidiram retirar o pré-aviso de greve ao jogo com o Paços de Ferreira. A solução encontrada passa por uma verba assegurada pelo clube e outra pelo Fundo de Garantia Salarial do Sindicato de Jogadores, que ronda os 220 mil euros.
Ou seja, no fundo, o clube não conseguiu arranjar dinheiro para pagar aos seus atletas, tendo que recorrer a um «empréstimo», do Sindicato, para evitar que os atletas entrem em greve e deixem de aparecer aos jogos da Liga.
Muito se tem falado sobre as garantias que os clubes têm que entregar na Liga, em como são capazes de cumprir os orçamentos, garantia essa que o Estrela terá entregue, em conformidade com o exigido pelo órgão. Porém, a realidade tem sido bem diferente e a prova é que os jogadores continuam sem ver a cor do dinheiro, situação que só foi possível alterar devido ao tal «empréstimo» do Sindicato.
Ou seja, depois de estar a competir, com vantagem em relação às outras equipas, que com mais ou menos esforço, cumprem com as obrigações, o Estrela tem agora mais uma vantagem, de recorrer ao Fundo de Garantia Salarial, continuando a competir com o dinheiro dos outros.
Não tenho nada contra o Estrela, que é um histórico do futebol nacional, mas Salgueiros, Farense e Alverca também o eram e quando chegaram a uma situação limite, como esta, não tiveram outro remédio se não abandonar o futebol profissional.
Na Reboleira deveriam pensar em fazer o mesmo, mas à boa moda lusitana, a palhaçada dos salários em atraso continua, agora a coberto de instituições como a Liga, o Sindicato e a FPF, colocando no fundo em causa, aquilo que é a verdade desportiva.
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