A saída dos jogadores do FC Porto, do Estádio do Dragão, após a derrota diante do Leixões, no passado sábado, não foi nada pacífica. Ao que parece, alguns adeptos dos tricampeão nacional concentraram-se junto à garagem de onde deveriam sair os atletas e terão insultado os jogadores.
Segundo rezam as crónicas, houve mesmo tentativas de agressão a alguns elementos do plantel, entre os quais Cristian Rodriguez, que teve uma discussão acalorada com um dos adeptos, que alegadamente lhe terá partido o vidro do carro, onde se encontrava a família do uruguaio.
Um incidente em tudo a fazer lembrar aquele que em 2005/06 envolveu o então treinador do FC Porto, Co Adriaanse. O holandês foi atacado no Olival e viu o seu automóvel vandalizado por um grupo de adeptos, a soco e a pontapé, quando o treinador abandonava o centro de treinos para regressar a casa, depois de um jogo diante do Rio Ave, que havia terminado empatado. O pior é que Adriaanse estava no interior do veiculo e só por sorte não sofreu qualquer ferimento grave, uma vez que a viatura ficou bastante danificada e quase sem vidros.
Dois anos e meio depois a história volta a repetir-se, só que desta feita em pleno Dragão, onde abundam seguranças, que pelos vistos foram (ou quiseram ser) incapazes de afastar os adeptos.
A direcção da SAD azul e branca tinha obrigação de prevenir e proteger os seus atletas, porque não me parece, que ninguém se tenha apercebido em tempo útil, que os adeptos preparavam uma «esperinha», mas também não o conseguiu fazer. Ou não o quis fazer; ou foi incompetente.
A verdade é que os dois casos apresentam semelhanças preocupantes e a SAD portista ainda não prestou qualquer esclarecimento - são precisamente 0:51 de 28 de Outubro e ainda não há uma reacção oficial - o que faz levantar as suspeitas, que este tipo de incidentes faz parte de uma estratégia, com a concordância dos responsáveis do FC Porto, para em momentos de crise, darem um abanão nas hostes.
1 comentário:
é algo que deveria ser investigado!
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