quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Uma lição de atitude


A Selecção Nacional não foi além de um empate a zero diante da Albânia, na partida desta noite, realizada em Braga, a contar para o apuramento para o Mundial 2010.

Um escândalo o resultado, mas o pior foi mesmo a atitude dos jogadores portugueses. É verdade que ficou por marcar uma grande penalidade sobre Cristiano Ronaldo; que Carlos Queiroz podia ter sido mais ousado nas substituições, sobretudo quando fez entrar Nani e Quaresma, retirando do jogo Danny (um dos melhor em campo) e João Moutinho (que voltou a desiludir com a camisola das quinas), em vez de tirar um dos laterais, apostando tudo no ataque e que Deco faz muita falta no meio campo.

Mas não foi por nenhuma destas razões que Portugal perdeu (um ponto em casa diante de uma Albânia sabe a derrota). A selecção não venceu o jogo porque os seus jogadores entraram convencidos que, mais minuto, menos minuto, a coisa ia acabar por se resolver (mesmo depois de Queiroz ter, e bem, avisado que a Albânia era candidata a eliminar uma das equipas com aspirações no apuramento), só que do outro lado estiveram 11 (até aos 40 minutos, porque depois ficaram só 10, mas que chegaram para a encomenda e fizeram Portugal ficar ainda pior na fotografia) guerreiros albaneses, que sendo algo «toscos» tecnicamente, nunca se desuniram e acreditaram sempre que podiam não perder, dando uma lição de atitude a Portugal, que diga-se, os nossos jogadores há muito mereciam. Ter um nome não chega para se ganhar um desafio de futebol e depois das últimas conquistas, é ver os jogadores portugueses cheios de vaidade e a subestimar os adversários.

É bom que desta tenham aprendido, sobretudo Ronaldo, que após ter feito um disparate reagiu de forma provocatória aos assobios do público, que merecia mais respeito, porque apoiou muito mais a equipa do que aquilo que ela merecia. Um capitão de equipa não pode ter esta atitude e devia perder a braçadeira já no próximo jogo.

Mas nem só os jogadores de aprender o que é a atitude. Gilberto Madaíl necessita de um curso intensivo. Abandonar a bancada a sete minutos do fim do jogo, quando o resultado não é o melhor, quando os jogadores estão de cabeça perdida e Queiroz já nada pode fazer, é um mau sinal e só vai ajudar a desestabilizar, porque a imprensa vai adorar explorar o tema nos próximos dias.

Outro que necessita de aprender alguma coisa é Carlos Queiroz. O seleccionador nacional não se pode esconder e escusar-se a justificar mais este desaire ao povo, que exultou aquando da sua nomeação para o cargo prestando-lhe o seu apoio e homenagem. Não comparecer no «flash interviu» não foi uma atitude digna.

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