O Benfica empatou esta noite no terreno do Leixões a uma bola e deixou o FC Porto isolado no comando da Liga.
Os homens de Matosinhos entraram no jogo dispostos a lutar pelo primeiro lugar da tabela e provaram que o segundo lugar que ocupam na tabela, na companhia de Nacional e Estrela é tudo, menos obra do acaso.
Aos dez minutos já Quim tinha feito duas grandes defesas, o que sustenta que o Leixões entrou em campo para discutir o jogo. Porém, nem sempre quem está melhor no jogo é quem chega ao golo e aos 33 minutos, os encarnados aproveitaram um desentendimento na defesa adversária - com um penalti de Marques pelo meio, que Olegário não viu, ou fez que não viu - para chegarem ao golo, com o médio Katsouranis desmarcar Cardozo que fez o 1-0.
Quem pensava que com o golo, o Benfica ia crescer e mostrar algum do (bom) futebol que desenvolveu frente a Sporting e Nápoles, enganou-se redondamente.
O Leixões parecia o Benfica, e vice-versa, José Mota não teve medo e colocou em campo uma equipa totalmente virada para o ataque e, ainda por cima, a dar espectáculo.
A certa altura pareceu claramente que o Benfica estava a pagar a factura dos últimos jogos. A equipa que apareceu no Estádio do Mar parecia cansada e longe da condição física ideal.
Para piorar desta vez também não houve o factor Quique. Ou se calhar houve, mas pela negativa. Se esteve bem ao lançar Ruben Amorim, numa tentativa de segurar mais o jogo e as investidas leixonenses, a saída de Nuno Gomes para a entrada de Binya não se compreende. Com a equipa a recuar perigosamente, a saída do avançado transmitiu algum medo e fê-la baixar ainda mais as linhas.
Até que ao minuto 88 se fez justiça. Na sequência de um canto - outra vez o Benfica a sofrer golos de bola parada - Wesley fez o empate, que veio colocar alguma justiça e verdade no jogo. E digo alguma porque se o Leixões tivesse ganho e esteve muito perto de o fazer, não seria nenhum escândalo.
No final dois apontamentos a retirar deste jogo: primeiro, o Leixões tem equipa e futebol para lutar por algo mais que a manutenção; segundo, é natural a euforia vivida no seio da equipa do Benfica e dos benfiquistas, mas há que ter em atenção que Quique ainda tem muito trabalho pela frente.
Sem comentários:
Enviar um comentário