domingo, 5 de outubro de 2008

Não foi uma grande «jogatana»


Tal como tinha previsto o clássico desta noite entre Sporting e FC Porto, que os «dragões» venceram por 1-2, não foi um grande espectáculo de futebol. O encontro foi emotivo, competitivo e disputado, mas esteve longe de ser um daqueles clássicos que ficam para a história. As duas equipas estavam proibidas de perder e este facto impediu certamente, que o futebol praticado fosse mais espectacular.

Depois de uma goleada sofrida em Londres, os tricampeões campeões nacionais responderam à FC Porto (duvidei sempre que fossem capaz de o fazer) com uma exibição, onde se viu que o grupo está unido, basta lembrar o abraço de todos no final do encontro para se perceber isso. A solidariedade entre os jogadores foi visível e determinante para a conquista da vitória, que depois teve em Bruno Alves e Nuno as principais figuras.

O central não perdeu um lance a defender, ainda fez um golão na sequência de um livre directo e mais tarde atirou à barra em nova tentativa de bola parada. Provou que é de facto, um especialista na cobrança deste tipo de lances e fez lembrar jogadores como Geraldão, Sousa ou até Branco.

Na baliza, Nuno provou o que já se percebia. Merece a titularidade. Uma grande defesa a cabeceamento de Derlei, evitou o empate e ajudou a equipa a segurar a vantagem, para além de ter dado sempre uma sensação de segurança, que Helton não tem dado nos últimos tempos.

Do outro lado, o Sporting bem tentou, lutou, mas nunca conseguiu incomodar muito a teia montada na defensiva portista. A equipa voltou a falhar num momento que pode ser decisivo para o desenrolar da época, à imagem do que vem acontecendo em anos anteriores.

Entrou a perder, ainda chegou ao empate num lance que dá que pensar. Não existe qualquer falta de Tomás Costa, mas já que Lucílio Baptista, do alto da sua (in)competência o decidiu assinalar, então na história do futebol mundial, milhares de penaltis ficaram por marcar, porque lances como aquele acontecem em todos os jogos. Mas este não foi o único erro grave do árbitro, que ainda decidiu dar uma prenda a Tomás Costa e deixá-lo em campo, numa falta duríssima sobre João Moutinho que lhe devia ter valido o segundo amarelo.

Para piorar a situação do Sporting, Paulo Bento também não ajudou a equipa. Mais uma vez Postiga foi substituído quando era o melhor homem de verde em campo. Não se percebeu. Para além disso, Paulo Bento mostra um discurso ambicioso, mas dá a sensação que raras vezes consegue incutir esse espírito na equipa.

Jesualdo esteve bem melhor. Desde logo ao colocar Tomás Costa sobre direita. O argentino não é um extremo, longe disso, mas ajudou e de que maneira a fechar o meio campo e foi, mais uma vez, um dos mais inconformados a atacar, como provou no lance que dá origem ao primeiro golo, em que foi o primeiro a acreditar numa bola que parecia controlado por Grimi.

Desta vez, o técnico portista fez correctamente a gestão de Lucho, ao contrário do que havia acontecido em Londres. O médio é de extrema importância para a equipa e fez um bom jogo, até à altura em que voltou a acusar a má forma física em que se encontra- Bem Jesualdo Ferreira ao retirá-lo do jogo fazendo entrar Guarin que a ajudou a fechar (ainda mais) o meio campo.

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